A Ferrari revelou ter recorrido ao túnel de vento da Toyota, em Colônia, para acelerar o processo de desenvolvimento do novo F150. Para enfatizar a componente aerodinâmica do novo carro para a temporada de 2011, os responsáveis pela equipe italiana decidiram utilizar igualmente as infraestruturas da Toyota para validar os conceitos para o seu carro. Recorde-se que a Ferrari tem o seu próprio túnel de vento em Maranello, mas teria optado pelo da marca japonesa para incrementar os seus esforços sem grandes excessos em termos financeiros.
“Existem algumas restrições de despesas da FOTA (Associação das Equipes de Fórmula 1), as quais englobam a estrutura geral, o número de pessoas na equipe, o número de horas gastos em túnel de vento e também a potência do (computador) CFD para as simulações. Estas são as quatro restrições e as duas últimas estão relacionadas. Cabe à equipe decidir como gastar o dinheiro, como empregar as pessoas e onde trabalhar”, explicou Aldo Costa, diretor-técnico da Ferrari, acerca deste tema.
“Assim, decidimos que precisávamos nos concentrar na aerodinâmica e decidimos utilizar bastante o túnel de vento. Para evoluir com o nosso programa de desenvolvimento, o nosso não era suficiente. Por isso pedimos à Toyota. Eles têm um túnel de vento de última geração (para uso) ‘comercial’.”, acrescentou Costa.
Quanto às evoluções previstas ao longo de 2011, Aldo Costa lembra que a Ferrari foi a primeira a apresentar o seu carro “porque tomamos uma decisão drástica em termos de desenvolvimento: de um ponto de vista estrutural e mecânico, o F150 está completo enquanto a aerodinâmica está numa fase transicional. O que falta é o desenvolvimento em relação aos pneus e muitas novidades, que chegarão à primeira corrida. Esta decisão foi tomada para dar aos nossos engenheiros o máximo de tempo possível para o seu desenvolvimento”.