A discussão entre as duas equipes Lotus continua marcando a semana da Fórmula 1. Desta vez, foi Tony Fernandes, líder da Lotus Racing (cuja inscrição para o Mundial de 2011 surge como Team Lotus), a sugerir um final do debate em ‘praça pública’, negando ainda que alguma vez que tenha recebido alguma oferta da parte de Dany Bahar, do Group Lotus.
Recorde-se que Bahar havia garantido ontem, em Londres, que a sua ligação à Renault apenas surgiu depois de ter feito uma proposta a Fernandes, mas cujos termos não eram apelativos. Segundo Bahar, os responsáveis da Renault teriam oferecido uma proposta melhor para o grupo Lotus, acabando por decidir a favor da equipe de Enstone. No entanto, Fernandes nega esta sucessão de eventos.
“Nunca existiu uma oferta. Existe a ideia de que o envolvimento da Lotus com a Renault está avaliado em 20 milhões de libras, o que quer dizer que eu estava pedindo 60 milhões – o que é uma completa invenção. Nunca passamos de um jantar inicial. O Dany Bahar e o Riad Asmat encontraram-se e foi isso. Nunca se trocaram ofertas”, disse Fernandes ao ‘Autosport.com’.
“Estávamos abertos à parceria, ao trabalho conjunto e a outras combinações. Queríamos trabalhar para o bem da marca Lotus e fazia sentido combinar. Penso que com o conjunto que temos, para o final da próxima temporada, não deveremos andar longe da Renault F1 e se tivesse havido um pouco mais de paciência e de abertura teria existido uma super colaboração”, acrescentou.
O responsável malaio deixou, ainda, no ar a sua convicção de que este assunto deverá ser discutido nos bastidores e não com ataques diários através da imprensa: “Está sendo muito. Nos últimos dias, recebi ataques da parte de Dany Bahar, Eric Boullier e Gérard Lopez. Pessoalmente, penso que ficou fora do controle e muito foi inventado. Como pode o Eric Boullier dizer que enganamos os fãs – penso que isso é um insulto para os fãs. Eles decidem pela sua própria cabeça. Se não estivermos à altura, os fãs não nos darão o seu apoio. Não se pode enganar ninguém. Esta será a minha última declaração acerca deste assunto e espero que o bom senso impere. Tudo o que queríamos era trazer de volta a Lotus à competição e construir uma boa relação com o Grupo Lotus e penso que essa teria sido a melhor solução para todos”, concluiu.