Presidente da FAERJ quer a categoria de volta ao Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro pode voltar a sediar provas do Mundial de Fórmula 1, segundo o presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro. A pretensão de Djalma Neves foi alimentada pelas declarações de Bernie Ecclestone à imprensa brasileira, durante o GP da Hungria, no último fim de semana. Segundo o diretor-executivo da Formula One Management, as equipes da categoria reclamam com frequencia sobre correr no “pior circuito do campeonato”. Ao afirmar que “o futuro da F-1 no Brasil depende de melhoras importantes em Interlagos”, Ecclestone desejou que o país que vai receber a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e as Olimpíadas de 2016 também invista no esporte que tem o Brasil no seu calendário deste os anos 1970.

Djalma Neves acredita que a entrevista de Ecclestone pode agilizar a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro, no bairro de Deodoro. “A Copa e as Olimpíadas vão provocar a ampliação da rede hoteleira da cidade. Mas como ficará a ocupação dos hotéis quando terminarem estes eventos que duram cerca de 1 mês? O Rio precisa de grandes eventos todos os anos, e a F-1, sem dúvida, está entre os maiores”, argumenta o presidente da FAERJ.

Representando a entidade que dirige o automobilismo no estado, Djalma Neves participou, em maio, de uma reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Cleyton Pinteiro, e representantes da prefeitura e do Ministério do Esporte, para tratar da construção do autódromo na zona Norte. Além do novo circuito, o espaço também abrigaria quadras, ginásio e um kartódromo. “Nos kartódromos são forjados os pilotos que, um dia, chegarão à F-1. Esta obra também será de grande valia para o futuro do esporte brasileiro”, afirma Djalma Neves.

Segundo os representantes das entidades presentes à reunião, o novo autódromo carioca seria construído até 2012, dois anos antes do término do contrato da F-1 com a prefeitura de São Paulo. “Haveria tempo para comprovar que teremos uma pista em condições de receber a principal competição do automobilismo mundial”, imagina Djalma Neves. O presidente da FAERJ também recordou que o Rio de Janeiro foi palco de 10 GPs de F-1, em 1978 e de 1981 a 1989. “A pista de Jacarepaguá sempre esteve entre as melhores do mundo. Pena ela ter sido utilizada para outros fins. Devemos todos nos unir para que o Rio volte a ter um autódromo de acordo com sua importância no cenário internacional”, concluiu Djalma Neves.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.