Quatro anos após o “escândalo da Rascasse”, a mídia inglesa voltou a tocar no assunto nessa quarta-feira (12) com o heptacampeão Michael Schumacher, em sua volta à pista do ocorrido. Em 2006, o alemão, que competia pela Ferrari, praticamente estacionou seu carro na última curva do circuito de rua de Monte Carlo durante a classificação, impedindo que outros pilotos marcassem tempos melhores que o dele. Schumacher detinha a pole position provisória naquele momento.
Os comissários penalizaram Schumacher logo após o ocorrido, porém ele jamais admitiu que tivesse trapaceado. Mesmo assim, a imprensa o pressionou a pedir desculpas. “Dizem que ‘desculpe’ é uma das palavras mais fortes. Existe alguma razão para que você não peça desculpas pelo o que aconteceu quatro anos atrás”, perguntou um repórter britânico ao competidor.
Schumacher não admitiu nem negou o ocorrido, insistindo que a Fórmula 1 deve seguir adiante e não olhar para trás. “Você pode continuar tentando, mas eu já disse que não estou mais em 2006”, foi a resposta do alemão.
Questionado se ele se arrependia da manobra, o atual piloto do carro número 3 da Mercedes foi enfático. “Nada vai mudar se voltarmos a falar disso”, destacando que apenas a imprensa marcou o evento em sua vitoriosa carreira. “Você conseguiu (baixar o nível). Vocês jornalistas… Alguns de vocês… Vamos olhar para frente e não para trás”, disse.
Outro repórter indagou se ele pretendia repetir a manobra neste ano. “Você é chato”, foi a resposta de Schumacher.
Ainda na quarta-feira Fernando Alonso também foi questionado pela manobra do heptacampeão, já que muitos acreditam que a manobra foi feita para impedir que ele tomasse a pole de Schumacher, e se ele perdoaria. “Sim”, foi a resposta do espanhol.
Quando tentaram arrastar Hamilton, que não estava na Fórmula 1 na época, para o assunto, o piloto da McLaren decretou. “Isso foi a muito tempo atrás. Eu não estava envolvido. Vamos olhar para frente”.
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