Sem andar antes no circuito de Valência, totalmente novo, como a Honda Racing F1 Team tratou das previsões de acerto para o GP da Europa de 2008?
Na verdade, a equipe usou dados de muitas fontes diferentes para ajudá-la a se preparar para o final de semana da corrida. A primeira reunião sobre a corrida de Valência ocorreu no último final de semana de julho, no qual os engenheiros das equipes receberam a telemetria de um carro de Fórmula 3 e compararam-na com os dados de um F3 no Circuit de Catalunya – onde é disputado o Grande Prêmio da Espanha – para ter uma referência para o acerto do RA108.
Esses dados foram usados em conjunto com simulações da pista para determinar relações de marchas e níveis de pressão aerodinâmica, e as primeiras indicações são de que as exigências técnicas sobre os carros serão semelhantes às de Hockenheim.
“Valência é geralmente vista como uma pista temporária”, explica o Chefe da Equipe, Ross Brawn. “No entanto, ela é na verdade um circuito de rua permanente, bastante rápido e fluido; não é como o tipo de circuito de rua em que estamos acostumados a correr em Mônaco. Será uma pista de pressão aerodinâmica média a baixa, com algumas curvas rápidas que criarão um circuito muito desafiador em um ambiente empolgante.”
Existirão, é claro, algumas questões não respondidas quando os carros chegarem a Valência, tais como o nível de aderência gerado pelo asfalto recém-colocado. Elas só poderão ser respondidas quando a ação na pista começar, na manhã de sexta-feira, e isso colocará grande ênfase no feeedback dos pilotos para fazer a sintonia fina do acerto dos carros.
“Um dos aspectos-chave é que vai estar ventando muito”, prossegue Ross. “A America’s Cup foi realizada em Valência exatamente por essa razão, mas tais condições podem fazer com que alcançar um bom equilíbrio nos carros seja bastante complicado.
“O final de semana de Valência será um desafio de engenharia fascinante para a equipe e todos nós mal podemos esperar por ele.”
Estatísticas do circuito de Valência
Acelerador no máximo: 68%
Desgaste dos freios: alto
Nível de pressão aerodinâmica: alto – 7/10
Compostos dos pneus: macio e supermacio
Desgaste dos pneus: médio
Velocidade média: 191 km/h (119 mph)