A perda do Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1 será um desastre imediato para a classe automobilística do país. Esta foi a mensagem que pilotos e equipes canadenses tentaram passar em uma coletiva realizada nesta sexta-feira.
“Sem sombra de dúvidas, isso é o pior que pode acontecer conosco”, disse Eric Berman, diretor geral da Fórmula Ford Canadense, para o público presente e para os governantes de Montreal.
Segundo Berman, jovens pilotos dependem das corridas de apoio à Fórmula 1, realizadas no final de semana da corrida, para venderem patrocínio para toda sua temporada.
“A perda do GP do Canadá irá devastar nosso automobilismo”, completou.
Os governantes canadenses estão bastante preocupados com a retirada de sua etapa do calendário de 2004 da categoria. Suas últimas chances estão sendo analisadas pelos governantes da província.
Nesta sexta, o premier Jean Charest declarou que um grupo de trabalho está analisando todos os cenários. “Há pessoas que estão acreditando na possibilidade de mudarmos nossa lei, mas não estamos trabalhando com isso agora”, declarou.
Bernie Ecclestone, responsável por montar o calendário da F-1, resolveu retirar o GP canadense devido a uma lei que entra em vigor neste ano, proibindo a propaganda de cigarro em eventos esportivos.
A partir disso, os governantes do país começam a ficar mais amenos. O Ministro da Saúde de Quebec, Philippe Couillard já disse que a lei poderá ser alterada caso venha em conjunto com uma ação para melhorar a saúde do povo.
Uma delegação do Canadá estará presente no GP da Itália, próxima etapa desta temporada, para continuar negociando. Ela irá procurar apoio das equipes e de patrocinadores.
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