Átila Abreu é quarto e Ricardo Zonta sexto após largarem no fim do pelotão
Com uma atuação heroica na segunda bateria deste domingo no Velopark, a dupla da Shell Racing formada por Átila Abreu e Ricardo Zonta ganhou 45 posições e meia hora e os dois terminaram respectivamente na quarta e sexta colocações.
Ambos foram obrigados a largar no fim do pelotão da segunda prova devido a um acidente na largada da corrida inicial: foram coletados por um competidor que atravessou a primeira curva.
Mas, graças a uma pilotagem agressiva, ultrapassagens precisas, e favorecidos por outros incidentes, Átila e Zonta se recuperaram na prova, mesmo com uma longa intervenção do safety car e, por consequência, menos tempo de corrida em bandeira verde. O pelotão ficou comboiado por 10 minutos, dos 40 regulamentares.
A persistência dos pilotos da Shell Racing rendeu ótimos pontos e, depois de duas rodadas duplas, Átila é o quarto colocado na tabela, com 51 pontos, enquanto Zonta, que já venceu uma prova na temporada, é o 11º, com 30.
O objetivo de ambos na primeira prova do dia era escapar das confusões na largada e ganhar posições, mas não foi possível. Zonta, que largava em nono, e Átila, que partia em 11º, fizeram uma saída cautelosa mas foram atingidos por Vitor Genz na chicane no fim da reta dos boxes.
Zonta ainda levou o carro #10 para os boxes, mas abandonou, enquanto Átila permaneceu na pista e até ganhou três posições antes de desistir, pensando na segunda prova.
A estratégia deu certo e, por terem poupado acionamentos do botão de ultrapassagem para a segunda corrida, foi possível partir para uma corrida agressiva. Para se ter uma ideia, só na primeira volta, o sorocabano do carro #51 pulou de 27º para 19º.
A próxima rodada dupla da temporada será no dia 21 de maio, em outro circuito gaúcho, o de Santa Cruz do Sul. Àtila Abreu tem como melhor resultado um terceiro lugar em 2009, enquanto Zonta obteve uma quinta posição na segunda bateria de 2014.
O que eles falaram:
“Na primeira corrida, o Vitor Genz cometeu um erro, jogou o carro por cima da zebra e bateu no meu, e quebrou a suspensão. Essa primeira chicane é sempre difícil, sempre sobra para alguém. Com a quantidade de safety cars, a estratégia dos outros carros se aproximou muito da nossa. Ninguém quase reabasteceu a gente ganhou menos posições do que deveria na segunda prova, mesmo assim ainda terminamos entre os primeiros”
Ricardo Zonta, piloto do carro #10
“Zonta e eu tínhamos conversado para sermos cautelosos na largada e assim fomos mas o Genz bateu no Zonta e eu estava numa linha mais defensiva para tentar escapar e ficou num ponto em que o Zonta me levou. Voltei com o carro desalinhado, passei uns três carros, o carro ficou traseiro e furou o pneu. A segunda corrida também foi conturbada, o carro não ficou 100%. Os mecânicos fizeram um ótimo trabalho para recuperar o carro, mas havia uma questão de acerto mesmo. Não era o carro mais rápido, mas sabia que era importante pontuar pensando no campeonato. Conseguimos escapar de algumas situações e avançamos. Conseguimos escapar do acidente do Pizzonia e do Foresti e o safety car foi muito longo, o que foi ruim para nós. Nós tínhamos muitos pushes para usar, tanto que terminei com oito e havia muito combustível. O safety car teria nos ajudado, mas ele ter sido tão longo nos atrapalhou. Se não fosse isso, teríamos chegado ao pódio. Mas bola para frente, salvamos bons pontos, o prejuízo não foi tão grande diante da situação que foi criada. Agora é trabalhar para a etapa de Santa Cruz do Sul”
Átila Abreu, piloto do carro #51
“Estávamos com os carros preparados para terminar muito bem as mais de 80 voltas previstas. Foi uma pena. Um erro meio inconsequente do Vitor Genz nos custou muito caro, se não teríamos pontuado muito mais. A segunda corrida ainda teve um safety-car muito longo, o que acabou ajudando os concorrentes que precisavam de mais combustível. Caso contrário estaríamos no pódio, talvez até com os dois carros. Agora vamos para frente ver o que podemos melhorar para Santa Cruz do Sul”
GP de Abu Dhabi