Com duas etapas de quatro etapas disputadas até aqui, o TCR Brasil chega a Cuiabá em um momento de definições importantes. A disputa nacional tem mostrado um equilíbrio interessante entre nomes já consolidados na categoria e pilotos que começam a se destacar dentro do conceito TCR.
O líder do campeonato, Raphael Reis, é o retrato da regularidade. Dono de um histórico impressionante — é o único piloto a ter participado de todas as corridas do TCR South America —, o brasiliense da W2 Racing ProGP soma 123 pontos e lidera com autoridade. Para Reis, o foco em consistência tem sido a principal arma: mesmo quando não vence, ele pontua alto, o que pode fazer a diferença nas rodadas finais.
Logo atrás, Nelson Piquet Jr. aparece como o principal desafiante. Com 117 pontos, o piloto da Squadra Martino vive talvez sua fase mais competitiva dentro do TCR, especialmente após conquistar a primeira vitória na categoria durante a etapa do Velocitta. Acostumado a transitar entre diferentes campeonatos, o brasiliense encara um fim de semana duplo que pode ser decisivo. Mais tempo de pista, mais aprendizado e, ao mesmo tempo, maior desgaste físico.
Em terceiro lugar, com 113 pontos, Léo Reis representa a nova geração do automobilismo nacional. O jovem piloto tem mostrado maturidade dentro da W2 ProGP e se destaca pelo ritmo constante e pela capacidade de evitar erros, mesmo diante de competidores mais experientes. Se mantiver o nível, pode ser a grande surpresa na reta final.

O atual campeão sul-americano, Pedro Cardoso, ocupa a quarta colocação no campeonato brasileiro, com 98 pontos. Ainda que sua atenção esteja dividida entre o título continental e a defesa do trono nacional, Cardoso mostrou força no Velocitta, onde venceu a Corrida 1 e saiu como o maior pontuador da etapa.
Na quinta posição, Fabián Yannantuoni (Honda YPF Racing) é o melhor estrangeiro da classificação. Dono de larga experiência no automobilismo argentino, o “Patito” tem sido um elemento técnico importante dentro do grid, servindo de referência em acerto e adaptação ao traçado. O argentino soma 95 pontos e mantém o time oficial da Honda bem posicionado na briga por equipes.
Fechando o grupo dos seis primeiros, Juan Ángel Rosso, também argentino, é outro nome que vem em ascensão. Com 85 pontos, o piloto da Paladini Racing vem de boas atuações e representa a consistência típica dos competidores da escola argentina do TCR: precisão, calma e ritmo crescente ao longo das corridas.
Entre os nomes que completam o top-10, a presença de Enzo Gianfratti (7º, 69 pontos) é destaque por simbolizar a força dos times privados. O piloto da G Racing Motorsport lidera a Copa Trophy e mostra que é possível incomodar os grandes mesmo com estrutura mais modesta. Logo atrás, Tiago Pernía (8º, 68 pontos) e Adrián Chiriano (9º, 52 pontos) reforçam a hegemonia argentina no campeonato. Ambos representam a Honda YPF Racing.
Fechando o top-10, Fernando Croce (Cobra Racing Team) aparece com 46 pontos, mostrando consistência e evolução. O brasileiro é um dos pilotos que mais têm crescido dentro do grid nacional, principalmente no ritmo de prova, e pode se beneficiar de um circuito novo como o de Cuiabá, em que todos começam do zero.
