Espremida no muro tira top 10 de Paludo na última volta em Dover

Depois de ter sua participação ameaçada por não ter como consertar seu carro após uma batida a 260 km/h, tudo que o brasileiro Miguel Paludo, da equipe Stemco-Duroline, queria para o GP de Dover da Nascar East era receber a bandeirada. Após quase duas horas de corrida (que teve duração ampliada para 155 voltas), encerrada nesta sexta à noite, a missão foi cumprida – e por pouco não foi coroada com um top-10.

Na penúltima volta, correndo com o carro emprestado por outro time (a tradicional Joe Gibbs), o jovem gaúcho ocupava a sétima colocação, o que seria seu segundo melhor resultado na Nascar East. E também um feito e tanto para quem corria com um carro emprestado quatro horas antes da largada e partia da 27ª colocação (por não ter participado da classificação).

Mas uma espremida no muro tirou a boa colocação de Paludo na última volta, que, mesmo com o carro desalinhado com o toque, conseguiu completar a prova na 14ª colocação na “Milha Monstro”. O oval de Dover, o mais rápido do mundo nesta extensão, tem esta fama justamente por causar intenso desgaste nos carros e nos pilotos, especialmente pela alta velocidade (média de 245 km/h) e pelo peculiar piso de concreto.

“Por pouco não veio um top-10, que seria um resultado fantástico para encerrar a temporada da Nascar East, especialmente depois de tudo o que aconteceu aqui em Dover. De qualquer forma, estou satisfeito em concluir esta prova, que é uma das mais difíceis da temporada, e queria agradecer muito à equipe Joe Gibbs pela enorme colaboração nesta etapa”, diz Paludo.

O brasileiro elogiou bastante a perfomance do seu Toyota Camry “emprestado”.

“Mesmo sem fazer nenhum set up, consegui fazer uma prova bem competitiva. Larguei lá atrás e vim escalando meu caminho para o pelotão da frente. Consegui boas ultrapassagens e teria chegado no top-10 não fosse o incidente da última volta e outra espremida no muro que levei da Danica. Mas não reclamo, como disse em outras provas, na Nascar os toques são muito intensos e hoje foi mais um exemplo disso”, afirmou o brasileiro da equipe Stemco-Duroline, que foi o segundo piloto que mais subiu posições em relação à largada (13 colocações).

Como o time teve pouco tempo para ajustar o carro, Paludo sofreu nesta prova com o intenso desgaste físico. “Não tinha ventilação dentro do carro e não pude correr com o meu banco e o calor estava beirando o insuportável. Para completar, fiquei as últimas 50 voltas sem água. Foi um teste e tanto”, diz o brasileiro, que teve queimaduras leves na região lombar e das pernas, já que o isolamento do banco com o calor dos metais do carro foi insuficiente.

O brasileiro segue em Dover neste final de semana para acompanhar as atividades das duas categorias principais, Nationwide e Sprint Cup. Na semana que vem, já volta a competir novamente, desta vez pela ARCA, no circuito de Kansas. O site www.miguelpaludo.com.br traz mais informações, fotos e vídeos das corridas de Paludo. Para acompanhar notícias em tempo real, siga no twitter @mpaludo77live e @mpaludo77 (o oficial do piloto).



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