Correa critica falta de apoio da FIA após seu grave acidente na Fórmula 2

O piloto da Fórmula 2, Juan Manuel Correa, falou sobre os meses após seu gravíssimo acidente na nona etapa da temporada 2019 da F2 em Spa-Francorchamps na Bélgica, onde correu sério risco de vida, expondo uma grande falta de apoio da FIA.

Correa sofreu graves lesões nas duas pernas e na coluna, após o acidente, que custou a vida de Anthoine Hubert, então com 22 anos. Correa teve que passar por vinte cirurgias nos ossos da perna e do pé, e sofreu um trauma psicológico significativo após o acidente.

De forma surpreendente, Correa voltou a correr na temporada 2021 da Fórmula, correndo pela equipe ART GP, antes de completar uma segunda temporada em 2022. Depois de fazer duas participações na F2 na última temporada, o americano-equatoriano agora fechou com a equipe Van Amersfoort para a temporada 2023 da Fórmula 2.

Mas Correa deve sua recuperação às pessoas e família ao seu redor, e não à FIA, pois destacou a falta de apoio do órgão regulador do esporte.

“Eu estava sozinho”, disse ele no podcast Track Limits. “Eu tinha minha família, meus amigos, mas não houve apoio da FIA. Isso foi muito ruim para ser honesto, foi triste.”

“Quase me senti meio usado, no sentido de que quando você está dando um bom show, eles estão lá e são os primeiros a se beneficiar disso”, afirmou Correa.

O piloto de 23 anos falou publicamente sobre essas questões há três anos, quando afirmou à NTV, que sentia que a FIA não o apoiou quando sua vida estava em risco. Essas alegações foram rapidamente refutadas pelo Diretor Médico da FIA, Dr. Christian Wahlen, que disse que os médicos no circuito salvaram sua vida, e que a FIA manteve a família de Correa atualizada enquanto ele estava hospitalizado.

Falando em uma entrevista recente, Correa foi mais aberto sobre a situação. “Não quero entrar muito nisso, porque há um conflito de interesses e estou correndo novamente agora, mas havia um pouco desse sentimento e só vou dizer que tive muita sorte de ter as pessoas que eu tinha, próximas, para me ajudar porque não havia o sistema de apoio que deveria haver”, disse ele.

“Acho que eles perceberam algumas coisas do meu acidente, tive algumas conversas com eles sobre isso. Às vezes, porém, não é fácil mudar uma organização tão grande (FIA). Eles têm muitas coisas acontecendo.”

“O que vou te dizer é que se amanhã alguém tivesse o mesmo acidente que eu tive, eu estaria lá como ninguém esteve para mim, porque eu sei o que a pessoa precisa e o que está faltando”, finalizou Correa.



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