Oliver Rowland está oficialmente nos livros da história da Fórmula E. Na molhada classificação realizada neste sábado (13), o competidor venceu todos os duelos da tomada de tempos para ser o primeiro pole-position da história na Coreia do Sul.
A previsão para a sessão era de que uma grande precipitação caísse em Seul. Apesar de não ser uma tempestade como caiu na última semana, uma água insistente se tornou uma das personagens principais da tomada de tempos.
Com os pilotos indo até o limite, além de fazer boas marcas, o objetivo também se tornou ficar longe do muro de proteção. Então, em bom ritmo, mas também sabendo controlar o carro, foi o inglês quem garantiu a posição de honra do grid, sua primeira no ano e quinta na FE.
Quem divide a primeira fila com o competidor da Mahindra é Lucas di Grassi – inclusive, essa vai ser a dupla da equipe indiana a partir da temporada 2023 da categoria elétrica.
Saiba como foi a classificação da corrida 1 do ePrix de Seul da Fórmula E:
Após duas sessões de treinos livres realizadas mais cedo, chegou o momento de começar a desenhar a primeira prova em Seul. Os competidores estavam preparados para realizar a primeira de duas classificações do final de semana.
A chance de chuva continuava a rondar a Coreia do Sul, que tem sido vítima de fortes precipitações na última semana. No momento da tomada de tempos, o asfalto batia os 27ºC enquanto o termômetro indicava também 27ºC. A umidade rodava em torno de 70%.
Fase de grupos
Na primeira fase da classificação, os pilotos seriam divididos em dois grupos. No primeiro estavam Stoffel Vandoorne, Edoardo Mortara, Jake Dennis, Sergio Sette Câmara, Sébastien Buemi, Oliver Askew, António Félix da Costa, Antonio Giovinazzi, Robin Frinjs, Oliver Turvey e André Lotterer.
Treino iniciado no parque olímpico de Jamsil e os pilotos logo estavam na pista para anotar as voltas. Os quatro mais rápidos de cada um dos blocos iriam avançar para os mata-mata até a final para a briga da pole.
Após os primeiros tempos já haviam sido anotados e o quarteto que passava momentaneamente eram Dennis, mais rápido com 1min22s441, Vandoorne, líder do campeonato, Buemi e Askew.
O tempo a ser alcançado para se colocar no top-4 era justamente do belga da Mercedes que estava com 1min22s542. Quem estava na quinta colocação era Buemi, empurrado para fora por Sette Câmara, agora em terceiro.
Ainda nos primeiros instantes do grupo 1, a chuva começou a dar as caras na Coreia do Sul. Entretanto, a água se manifestou apenas como um pequeno chuvisco, já o suficiente para molhar deixar o asfalto escorregadio.
Com menos de um minuto para o encerramento dos competidores, Mortara vinha no primeiro posto com 1min22s397. A apenas 0s044 vinha Dennis com Sette Câmara e Vandoorne completando o top-4.
Encerrado primeiro grupo e os competidores que conseguiram se classificar foram Mortara, Dennis, Sette Câmara e Stoffel – o último, inclusive, foi quem mais conseguiu passar para a fase mata-mata na temporada com 12 vezes.
Agora, chegou a vez de Mitch Evans, Jean-Éric Vergne, Lucas di Grassi, Nyck de Vries, Pascal Wehrlein, Nick Cassidy, Alexander Sims, Oliver Rowland, Maximiliam Günther, Dan Ticktum e Norman Nato.
Quando o segundo grupo foi para a pista, encontraram situação bastante mais complicada do que os companheiros anteriores. O recapeamento dentro do estádio olímpico, inclusive, tornou a pista bastante escorregadia quase como um sabão.
Os quatro primeiros pilotos já estavam momentaneamente definidos. Wehrlein era o mais rápido com 1min31s202, muito superiores aos dos adversários passados, Evans, Vergne e Rowland.
Quando a chuva parecia ter dado uma trégua em Seul, uma bandeira vermelha foi necessária. O motivo foi porque Sims acertou sua Mahindra no muro de proteção na saída do estádio, danificando bastante o carro.
Di Grassi, o brasileiro que estava na pista no momento, estava apenas na sétima colocação. O piloto, que inclusive vai para o time indiano em 2023, estava a 1s159 do primeiro colocado.
Os competidores vinham enfrentando dificuldades para conseguir o carro dentro do traçado. Lucas vinha em pilotagem mais cautelosa, enquanto Evans acabou rodando, mas evitou uma colisão para se manter na pista.
No final, os competidores ainda conseguiram baixar os tempos e tudo mudou nos instantes finais. Wehrlein, Rowland, Di Grassi e Evans conseguiram fazer volta necessária para conseguir avançar para a próxima fase da classificação.
Mas o final da fase de grupos foi marcada por uma confusão. O piloto da Jaguar fez a marca e ficou em quarto, mas teve a volta deletada porque estava sob investigação, abrindo espaço para Vergne. Entretanto, sua volta foi devolvida pouco depois e JEV ficou fora mais uma vez.
Quartas de final
Chegou a hora do início do mata-mata e os pilotos se enfrentarem em duelos. Evans encontraria Mortara, Di Grassi teria de enfrentar Dennis, Sette Câmara iria encarar Rowland e Vandoorne brigaria contra Wehrlein pela vaga na semi-final.
A primeira dupla foi autorizada e já estava acelerando na pista da Coreia do Sul. Evans começou a volta na frente em cima do adversário suíço da Venturi, abrindo vantagem de mais de 0s6 – vale lembrar que a dupla está na briga pelo título. No final, foi o piloto da Nova Zelândia quem conseguiu passar.
Chegou a vez do primeiro embate com piloto brasileiro com Lucas indo à pista. O titular da Venturi conseguiu bater Dennis com certa tranquilidade e fechou seu giro rápido único com mais de 0s6 para o inglês.
Agora, o segundo representante tupiniquim foi quem deixou os boxes para o duelo. Entretanto, Sérgio teve problema com o carro e parou na pista durante seu giro, garantindo com que Rowland passasse para a semi-final.
Último duelo da quarta de final e quem estava no traçado no momento era o líder do campeonato Vandoorne. Acontece que quem conseguiu passar foi Pascal, com o belga em postura mais conservadora para não arriscar um acidente na briga pelo caneco.
Semi-final
O funil ia estreitando cada vez mais na briga pela pole-position na corrida 1 em Seul. Nos duelos, Di Grassi enfrentaria Evans, postulante ao caneco, e Wehrlein teria de pegar Rowland.
Os primeiros competidores já estavam liberados na pista e a chuva não dava trégua na classificação, tornando-se personagem importante. Lucas começou superior ao adversário e depois de encerrado o giro, o piloto da Venturi vai para a final.
Segunda briga da semi-final e era a briga Mahindra de Oliver e Jaguar de Pascal. As coisas começaram bastante equilibradas no início do giro com a dupla separada por apenas 0s029. No final, Rowland foi quem passou.
Final
Chegou o momento da grande final da classificação para a corrida 1 do ePrix de Seul da Fórmula E. O brasileiro Di Grassi teria de enfrentar o inglês Rowland para disputar pela posição de honra do grid.
Lucas foi quem começou o trecho do primeiro setor como o mais veloz, mas Oliver conseguiu tirar a desvantagem para o rival com meio giro ainda pela frente – o competidor tinha marca 0s203 melhor.
Até a bandeira quadriculada, então, o titular da Mahindra conseguiu baixar ainda mais sua marca. Então, com o tempo de 1min35ss406, Rowland conseguiu a pole-position para Seul, a primeira da temporada.

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