Lucas di Grassi saiu em defesa da Mahindra quanto a contratação recente na Fórmula E. Para o brasileiro, ter Frédéric Bertrand, antes da FIA, não causa conflito de interesses ou algo injusto para o time.
O dirigente foi anunciado nas últimas semanas para substituir Dilbagh Gill no papel de comando da equipe. Antes, assumia a função de diretor da categoria elétrica e projetos esportivos inovadores.
Entretanto, a chegada de Bertrands foi vista como uma grande controvérsia, já que foi um dos envolvidos nas regras do Gen3 para 2022/23. Um movimento similar foi visto na F1 quando Marcin Budkowski e Laurent Mekies, ambos da FIA, foram para Renault e Ferrari, respectivamente.
Entretanto, o campeão de 2016/17 não vê problemas com a contratação. “Já vimos isso em maneiras muito diferentes no automobilismo. É um mundo pequeno, então, as pessoas vão de um lado para o outro. É ok um cara da DS [Xavier Mestelan Pinon] ser agora o cara da FIA que controla o lado técnico, por exemplo? Ele saiu e se juntou à FIA”, falou em entrevista ao Autosport.
“E na F1, você tem caras que saem de equipes e entram na FIA e alguns caras da FIA que se juntam aos times, é normal, não é algo incomum. O que é justo e o que não é está escrito nas regras. Então, se não há conflito de interesses, é justo”, seguiu.
“Se há conflito de interesses ou alguma forma de vantagem que não está estipulada nas regras, também é injusto. Mas desde que há regras e um limite do que pode fazer e quanto pode desenvolver, não pode ser colocado como injusto”, continuou.
“As pessoas têm liberdade de escolher ir de um lado para o outro. É assim que eu abordaria e diria que também é algo bastante comum no automobilismo, então, há precedentes em casos anteriores”, completou.
