O GP do Azerbaijão de Fórmula 1 gerou tensão dentro da Ferrari, após Lewis Hamilton se recusar a devolver a oitava posição para Charles Leclerc, contrariando uma ordem da equipe.
Leclerc, que terminou em nono, não escondeu sua insatisfação: “Não me importo muito. É pela oitava posição, então… está OK. Ele pode aproveitar esse P8. É apenas estúpido porque não é justo. Mas de novo, eu realmente não ligo. P8 ou P9, foi um final de semana difícil”, afirmou o monegasco pelo rádio da equipe na volta de desaceleração.
Hamilton, que havia recebido a posição para atacar os carros à frente com pneus mais novos, pediu desculpas após a prova, alegando que a situação foi fruto de um erro.
Para o ex-piloto e campeão na F1 em 1997, Jacques Villeneuve, no entanto, a postura do heptacampeão foi estratégica: “Lewis Hamilton jogou muito bem. Jogou realmente bem. A Ferrari pediu para Leclerc deixar Lewis passar, mas não precisava. Com os pneus novos, ele seria muito mais rápido de qualquer forma e ultrapassaria. Então, as ordens foram desnecessárias. Acho que é por isso que Lewis não quis devolver a posição depois”, afirmou o canadense.

Já o também ex-piloto de F1, Ralf Schumacher, avaliou o episódio de forma mais dura, sugerindo que o relacionamento entre Hamilton e a Ferrari pode ter ficado abalado: “Se isso realmente for o caso, o melhor para ambos seria encerrar a parceria no fim da temporada”, disse o alemão, lembrando que o contrato atual de Hamilton vai até o final de 2026, com opção de extensão até o fim da temporada 2027.
Schumacher também criticou a forma como o britânico falou sobre a equipe após a sessão de classificação em Baku, afirmando que a dificuldade para obter o pneu desejado estava ligada à falta de autoridade de Hamilton dentro da Ferrari.
