F1 redefine teto orçamentário e dá mais flexibilidade às equipes

Além do novo regulamento que entrará em vigor em 2026, a Fórmula 1 caminha para uma nova fase em sua política financeira. A partir de 2026, o teto orçamentário passará a ser de 215 milhões de dólares (R$ 1,1 bilhão) por equipe, deixando de fora dessa conta os salários dos pilotos e dos três funcionários mais bem pagos de cada time. O objetivo é dar continuidade ao processo iniciado em 2021, quando foram implementadas as regras de limite de gastos para amenizar as disparidades.

O aumento para 2026 é reflexo de dois fatores: a inflação global acumulada desde o início do regulamento e os novos parâmetros técnicos que estreiam na mesma temporada. Federico Lodi, diretor de regulamentações financeiras da FIA, esclareceu ao RacingNews365 que esse acréscimo não representa, na prática, mais dinheiro livre para as equipes: “Estamos apenas incorporando no teto os custos que elas já vinham tendo. Por isso o número precisou subir”.

Gabriel Bortoleto (BRA) Sauber C45.
Foto: XPB Images

Segundo Lodi, a elaboração dessas normas foi complexa. Hoje existem 11 equipes, cada uma com interesses distintos. “Se fosse uma decisão exclusivamente da FIA, talvez tivéssemos aplicado um limite mais rígido, mas precisamos do acordo de todos. Existem de 20 a 25 exceções”, revelou.

Entre as particularidades está o caso da Audi, que vai assumir a operação da Sauber. A montadora terá flexibilidade orçamentária adicional por causa dos altos salários praticados na Suíça, país onde sua operação de fábrica está instalada.

O diretor reforçou ainda que o regulamento financeiro foi construído para dar autonomia às equipes sobre onde aplicar seus recursos: “Não impusemos restrições a tipos específicos de custos. Cada escuderia tem um teto de 215 milhões de dólares e decide se quer priorizar mecânicos, funcionários juniores ou outro setor que julgue mais importante”, finalizou.



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