Lewis Hamilton teria enviado um relatório à alta cúpula da Ferrari cobrando mudanças internas diante da falta de resultados expressivos na Fórmula 1 2025. As informações são do jornal italiano Corriere della Sera, que destaca o complicado início de parceria entre o piloto e a escuderia de Maranello.
A parceria entre o britânico e a esquadra italiana começou cercada de expectativa. O heptacampeão mundial buscava um novo desafio e a chance de conquistar o oitavo título que o isolaria como o maior vencedor da história da categoria. No entanto, o time chefiado por Frédéric Vasseur atravessa um momento de queda de rendimento e chega às últimas etapas da temporada sem nenhuma vitória após 18 corridas.
O cenário representa um retrocesso em relação a 2024, quando a Ferrari lutou até as últimas provas pelo título de Construtores, ficando atrás apenas da McLaren. A regressão técnica e os resultados abaixo do esperado geraram frustração não só no sete vezes campeão de F1, mas também em Charles Leclerc.

De acordo com o Corriere della Sera, o britânico teria exigido mudanças na forma como a Ferrari conduz seus processos e procedimentos operacionais, especialmente na execução das estratégias de corrida. Hamilton acredita que a equipe precisa revisar métodos internos para ser mais eficiente em pista e reduzir erros que têm comprometido resultados – o jornal afirma que o piloto reforçou o pedido nas últimas semanas, pois está à espera por seu primeiro pódio com Maranello.
O Corriere della Sera também relata que há questionamentos internos em relação ao chefe de engenharia de pista, Matteo Togninalli. A situação teria ficado delicada após a dupla desclassificação sofrida pela Ferrari no GP da China, episódio que colocou o departamento técnico sob pressão. Apesar de ter recuperado parcialmente a confiança da equipe, Togninalli voltou a ser alvo de críticas diante do fraco desenvolvimento do carro e das relações internas desgastadas.
A publicação destaca ainda que a Ferrari enfrenta sérios problemas de acerto do carro. Depois da desclassificação em Xangai, a equipe passou a adotar uma postura mais conservadora em etapas como Bélgica e Hungria, buscando evitar novas irregularidades técnicas. Essa cautela, no entanto, teria limitado o potencial do carro, contribuindo para a sequência de desempenhos apagados.
Segundo o jornal italiano, o time de Maranello estaria agindo com extremo cuidado diante das verificações intensas promovidas pela FIA neste ano. No momento, o foco seria reestabelecer confiança e consistência, mas o preço disso parece ser a perda de competitividade frente às rivais diretas.
