O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, levantou preocupações sobre os desafios que um aumento no número de corridas Sprint poderia trazer à Fórmula 1, destacando tanto o impacto sobre a equipe da federação quanto as exigências adicionais para os times.
Desde a introdução do formato em 2021, as Sprints passaram a ocorrer em seis finais de semana por temporada, mas há planos de ampliar esse número a partir de 2027, conforme indicou Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1. A proposta, no entanto, recebeu críticas de pilotos e fãs.
Esteban Ocon classificou a expansão das Sprints como algo artificial para o esporte, enquanto pilotos novatos, como Gabriel Bortoleto, expressaram receio de que mais finais de semana com apenas uma sessão de treinos livres, possam dificultar a entrada de jovens talentos na categoria.

Ben Sulayem falou à Viaplay: “Também penso sempre sobre a carga adicional que isso coloca sobre nossa equipe”. Durante um final de semana com formato Sprint, os profissionais da FIA precisam gerenciar condições de Parque Fechado adicionais, aplicar penalidades e supervisionar ainda mais sessões na pista, aumentando significativamente o trabalho.
O dirigente também apontou o impacto sobre os times: “Eles já viajam muito. Temos que nos perguntar se isso é algo bom para as equipes”. O calendário da F1 já atingiu o limite de 24 corridas permitido pelo Pacto de Concórdia, o que significa que os funcionários das equipes passam grande parte do ano na estrada. A combinação de sessões extras de classificação e corridas com menos treinos livres, torna o final de semana mais desgastante.
Qualquer decisão concreta sobre o aumento de corridas Sprint ainda precisa passar pelo processo de governança da F1, incluindo a aprovação da Comissão de F1 e ratificação pelo Conselho Mundial da FIA.
