Pitch Lap premia startup especializada em economia circular

Na Stock Car, uma pole position sempre é decidida por milésimos de segundo. Foi essa a sensação também no Pitch Lap, primeiro desafio entre startups no automobilismo brasileiro, que selecionou cinco delas entre mais de 30 candidatas para apresentar projetos em diversas áreas da gestão esportiva.

A vencedora foi a Trashin, empresa fundada em 2018 em Porto Alegre (RS) com o objetivo de promover a economia circular – ou seja, a reinserção de materiais recicláveis dentro do ciclo de consumo.

Idealizado pelo Centro de Inovação Arena Hub e realizado em conjunto com a Vicar, organizadora da Stock Car, o evento contou com apoio da Blau Farmacêutica e aconteceu em Interlagos, durante a etapa mais recente da categoria, reunindo as finalistas Trashin, Retize, Lanup, NTP e Brainer.

Na avaliação realizada por cinco jurados, a Trashin conquistou o primeiro lugar com uma minúscula vantagem na pontuação sobre a segunda colocada, a Retize, especializada na integração de inteligência de dados para networking. Um resultado tão apertado que mereceria o uso do photo finish, uma espécie de tira-teima que registra a imagem da chegada na Stock Car para definir quem foi o vencedor das corridas.
O Pitch Lap é a “versão automobilística” de “elevator pitch” – algo como “discurso de elevador” – que designa a apresentação de um projeto em no máximo um minuto, tempo que geralmente dura uma viagem de elevador. “Lap”, também em inglês, significa volta: daí que Pitch Lap torna-se “discurso de uma volta”.

“Inicialmente, um representante de cada startup finalista fez a apresentação do seu projeto durante uma volta rápida em um Stock Car pilotado por Alan Khodair, da equipe Blau Motorsports”, detalha Guga Carvalho, diretor de marketing da Vicar. “A seguir, eles tiveram seis minutos para uma apresentação formal diante de um júri especializado”, completa Carvalho, que compôs a bancada de jurados ao lado da piloto Bia Figueiredo, do locutor da Band Luc Monteiro; Alexa Hahn, da Blau Farmacêutica, além de Fernando Patara e Carlos Henrique Nascimento, ambos do Arena Hub.

Jovens e inovadoras – Para participar, além de se encaixar nos quatro tópicos de soluções buscadas pelos organizadores, a empresa também deveria ter as características que definem uma startup: ser uma companhia jovem, inovadora e ter como objetivo criar modelos de negócios que sejam uma solução viável e escalável para desafios específicos.

“Uma das conclusões desse projeto inédito é que há muito espaço para inovação no automobilismo, apesar de ser um esporte que historicamente é gerador de iniciativas originais em vários segmentos”, diz Fernando Patara, do Arena Hub. “Do marketing à segurança, da comunicação à engenharia, o esporte a motor sempre buscou inovar. Mas mesmo ele carece de empresas e cérebros focados em problemas específicos, muitas vezes vividos somente no bastidor”, completa Patara.

Foram essas áreas sensíveis que o Pitch Lap buscou atender. Assim, as startups deveriam propor soluções para os segmentos de E-sports e gamificação, impacto social, sustentabilidade e espaços inteligentes.

“O resultado foi bastante positivo. Além da vencedora, vamos interagir com as outras quatro selecionadas entre as mais de 30 startups que participaram da primeira fase eliminatória”, diz Carvalho, da Vicar. “Todas as soluções propostas foram muito interessantes e podem de alguma forma ser implementadas dentro das prioridades de uma grande categoria como a Stock Car”, concorda Fernando Patara.

Entre as contrapartidas para as cinco finalistas, está a oportunidade de conhecer a operação da Blau Farmacêutica, incluindo fábricas, administração e laboratórios, além de apresentar suas soluções para a especialista em medicamentos. “Neste primeiro Pitch Lap, ficou claro que as inovações trazidas pelos participantes também podem ser implementadas em uma empresa líder de seu setor, como a Blau”, aposta o executivo do Arena Hub.



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