Pela Viseira do Felipe Drugovich: Montanha-russa espanhola

Depois da minha última coluna, escrita após a 4ª etapa da Fórmula 2, em Silverstone, tivemos muitas atividades em pista, já que em dois finais de semana consecutivos disputamos mais duas rodadas, a 5ª e a 6ª, outra vez em Silverstone e depois em Barcelona.

E posso adiantar que foram dois finais de semana bem diferentes entre si. Se em Silverstone os resultados não foram tão legais – só marquei 1 ponto –, em Barcelona foi bem melhor, fui mais competitivo, pontuei nas duas corridas e em uma delas pude comemorar minha segunda vitória na Fórmula 2.

Em 2020 a Fórmula 2 adotou novas rodas, de 18 polegadas, em substituição às rodas de 13 polegadas. Isto fez com que tivéssemos uma mudança bastante grande no comportamento do carro e as equipes ainda estão se adaptando a isto. Além disso, são quatro compostos de pneus – duros, médios, macios e super macios – que temos à disposição na temporada. E como podemos usar apenas dois deles a cada etapa, determinados pela categoria, entende-se porque que o desempenho das equipes e dos pilotos tem variado de etapa para etapa. Explico isso para que vocês entendam o que aconteceu comigo nas duas etapas da Inglaterra: na primeira eu marquei a pole position e na segunda fui apenas o 12º, para depois terminar as corridas em 10º e 12º, com o carro tendo uma resposta muito diferente da esperada.

Mas não desanimamos, pelo contrário. Aproveitamos a pequena folga entre o domingo e a sexta-feira para, todos juntos na minha equipe, a MP Motorsport, analisarmos os dados e partirmos mais fortes para a 6ª etapa, na Espanha, que acabou se revelando uma “montanha-russa”, com expectativas frustradas no sábado e muita alegria no domingo.

O resultado da tomada foi muito bom, marquei o quarto tempo e fui muito competitivo na primeira corrida, que eu poderia ter vencido. Mas a entrada do safety car e o segundo pit stop para a troca de pneus no momento errado atrapalharam os planos. Meu companheiro de equipe, que ainda não havia trocado seus pneus, foi ao pit e eu só pude ir para esta outra parada na segunda volta após a entrada do safety. Resultado: perdi muito tempo, voltei em 9º, ainda consegui terminar em 7º e pelo menos pude largar em 2º na corrida de domingo, já que temos grid invertido entre os oito primeiros.

Na corrida do domingo eu pude, enfim, provar que o carro realmente estava bom e que tinha potencial para vencer no sábado. Larguei em 2º, superei o Luca Ghiotto antes de chegar na curva 1 e estabeleci o meu ritmo de prova, com pista limpa, sem turbulências e, por consequência, podendo ter um bom controle no consumo dos pneus.

Uma vez ou outra eu tirava um pouco o pé, para esfriar um os pneus, mas mesmo assim consegui estabelecer e manter uma vantagem muito confortável, que chegou a quase 10 segundos na bandeirada. E, então, venci pela segunda vez na minha temporada de estreia na Fórmula 2. Feliz? Sem dúvida, como não estar feliz com os resultados que venho obtendo, talvez até acima das expectativas iniciais?

Mas cada etapa é um novo desafio e agora temos um espaço de mais de 10 dias para trabalharmos com menos pressa e mais calma na análise de dados para chegarmos em Spa-Francorchamps na próxima semana com a mesma performance e competitividade que mostramos na Espanha.

O “Pela Viseira” é uma série do F1Mania.net em que um time de seis pilotos (Enzo Fittipaldi, Pietro Fittipaldi, Felipe Drugovich, Cacá Bueno, Bruna Tomaselli e Felipe Giaffone) conta de terça, quarta e quinta-feira a sua visão das pistas, vida e carreira.

Confira a entrevista com Felipe Drugovich, realizada após as corridas na Espanha:

 

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Confira o destaque do nosso canal no YouTube: F1Mania.net Em Dia 18/08/2020 – Teaser: Felipe Drugovich, uma das promessas do Brasil:

 

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