Pela Viseira do Felipe Drugovich: A melhor de todas!

Olá pessoal.

Estou de volta depois de um longo tempo sem escrever pra vocês. Comecei minha segunda temporada na Fórmula 2 em março, agora pela UNI-Virtuosi, equipe inglesa vice-campeã de 2020 com o Callum Ilott e também entre as equipes.

Por uma série de circunstâncias, a primeira rodada tripla do ano – sim, em 2021 o formato mudou e temos 8 etapas com três corridas cada – não foi muito legal em termos de resultados e saí do Bahrein com apenas dois pontos.

Não desanimei e o foco passou a ser total na etapa seguinte, que aconteceu quase dois meses depois, em Mônaco, no final de semana passado. Minha expectativa por finalmente poder competir no mais charmoso circuito do mundo era grande. Seria minha segunda vez em um circuito de rua, pois eu já havia competido em Macau, e logicamente eu estava ansioso por este final de semana.

Me preparei de todas as formas possíveis e usei muito o simulador em casa e na sede da equipe. A tomada de tempos foi legal, apesar de eu ter dado apenas duas das três voltas possíveis. Fiquei em 9º, o que significava largar em 2º na primeira prova por conta do grid invertido entre os dez primeiros.

Terminei a primeira corrida em 2º depois de cair para terceiro logo na largada e ter tentado de todas as formas atacar o Christian Lundgaard para forçar um erro dele e recuperar a segunda posição. Algumas voltas depois ele abandonou com problemas no motor e eu já não tinha mais condições de atacar meu companheiro de equipe, o Guanyu Zhou, pois eu havia forçado meus pneus nas primeiras voltas.

A segunda prova foi disputada com pista molhada no sábado pela manhã no horário de Brasília. Larguei mais uma vez em 9º, agora pela nova inversão do grid em relação à primeira corrida. Tive alguns problemas com o freio do carro e, como eu havia caído para 12º e praticamente sem chances de marcar pontos, arriscamos com uma nova estratégia, de colocar pneus slicks esperando que a pista secasse. Isso não aconteceu e acabei tendo um resultado ruim.

Fomos para a terceira corrida, a mais longa e mais importante, quando larguei em 9º por conta do resultado que obtive na tomada de tempos. Usamos uma estratégia oposta à maioria dos pilotos e saí com pneus super macios. Parei cedo para trocar os pneus, voltei com pneus macios e passei a virar tempos mais rápidos que os líderes e, logo depois, cravei a melhor volta da prova por três vezes consecutivas.

O ritmo era rápido, eu vinha diminuindo a diferença para todos, e comecei a ganhar posições quando os outros pilotos foram para sua troca de pneus. Aos poucos fui crescendo, fiz uma ultrapassagem muito legal por fora sobre o Robert Shwartzmann na chicane após a saída do túnel para ser o 5º colocado, assumi o 4º lugar quando o Dan Ticktum parou e, por fim, ultrapassei o Zhou quando ele saía do pit.

O final todos já sabem: terminei em terceiro depois de largar em 9º e acho que fiz, senão a melhor corrida da minha vida, uma das mais marcantes de toda a minha carreira. E foi um belo presente de aniversário, pois no dia seguinte eu completei 21 anos.

O foco agora é na 3ª etapa, entre os dias 4 e 6 em Baku, no Azerbaijão. Conto com a torcida de todos novamente, muito obrigado por estarem junto comigo!!!

O “Pela Viseira” é uma série do F1Mania.net em que um time de nove pilotos (Enzo Fittipaldi, Pietro Fittipaldi, Felipe Drugovich, Cacá Bueno, Bruna Tomaselli, Felipe Giaffone, Nelsinho Piquet, Caio Collet e Beto Monteiro) conta de terça, quarta e quinta-feira a sua visão das pistas, vida e carreira.

 

 

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