Khodair pode correr na categoria em 2005

Atual campeão da Fórmula Renault Brasil, Allam Khodair (Ferretti/Cibraço/SV Labs) assume estar em contato com equipes das duas mais novas categorias do continente Europeu, a GP2 e a Fórmula Superfund, que pretendem assumir a condição de trampolim para a Fórmula 1. Este ano ele disputou a sua primeira temporada internacional, competindo no Campeonato Europeu de Fórmula 3000.

Allam Khodair acredita que mesmo enfrentando dificuldades no seu primeiro ano, deixou uma boa impressão para os principais chefes de equipe do automobilismo europeu, que tem especulado a sua participação nas categorias de acesso. “Os meus resultados finais não foram os que eu projetei. Mas a evolução durante o campeonato, enfrentando muitas dificuldades e andando sempre entre os mais rápidos nas últimas corridas têm me ajudado nas negociações”, explica Khodair, que demonstrou qualidades que agradam os europeus. “O Allam demonstrou ser um piloto muito agressivo, que busca a vitória a todo tempo e que se adapta rapidamente aos novos circuitos”, definiu o italiano Renato Melchioretto. “Foi um ano muito difícil para nós, mas acredito que, se tivermos a oportunidade de trabalharmos novamente juntos, poremos em prática todo seu potencial”, planeja o proprietário da equipe ADM Motorsport, que negocia sua entrada na F-Superfund, um monoposto com motor V10 de 700 cv de potência.

O mercado europeu sofre modificações para 2005, onde algumas categorias deixam de existir, como a Fórmula 3000 Internacional, a Fórmula 3000 Européia, a Fórmula Renault V6 e a Fórmula Super Nissan e outras muito promissoras surgem no calendário. “Todos estão indecisos sobre o futuro, incluindo os times. Tudo é novo, inflacionado e com investimentos iniciais gigantescos. Estamos decidindo sobre meu futuro, visando o melhor para a minha carreira. E para isso é fundamental a viabilidade econômica para se fazer direito essas categorias”, acredita Khodair, que tem apenas três anos de automobilismo.

Allam também andou sondando e se impressionando com o mercado brasileiro. “É legal ver como a Stock Car atingiu um nível de profissionalismo internacional, com grande estrutura e possibilidade de alavancar parceiros com a forte mídia no evento. É algo que jamais poderia ser desconsiderado. Dentro de no máximo um mês, definiremos o meu futuro”, conclui Khodair.