Márquez: Honda não teve piloto rápido em 2020 e está em situação difícil

Marc Márquez chegou à França nesta quinta-feira disposto a mais uma vez melhorar sua condição física. Depois de um sétimo e um nono lugar nas duas primeiras corridas desde sua volta, o oito vezes campeão prevê mais um final de semana de readaptação em Le Mans.

“Sinto desconforto no ombro. Ele está melhorando, mas não notei muita diferença em relação a Jerez. Estou impaciente e digo ao médico que quero melhorar mais. Mas ele manda eu parar um mês e só treinar o braço e que vou melhorar”, disse brincando.

“A consolidação óssea está indo bem, o que me permitiu aumentar a intensidade do trabalho na academia nestes últimos dias. Mas continuo a ver que há muita diferença entre os dois braços e é por isso que seguramente as sensações na moto são como são.”

Desde a queda de Márquez no último ano, a Honda perdeu sua melhor forma. De acordo com Márquez, isso se deve ao fato de que a montadora japonesa não teve pilotos rápidos o bastante em 2020.

“A Honda está trabalhando muito e eles trazem muitas coisas. Mas tudo se torna mais difícil se não houver um piloto rápido na frente. Estamos voltando de um ano muito difícil, com um estreante (Álex Márquez) e Cal Crutchlow, que não estava no seu melhor. Agora estamos voltando aos eixos, mas isso leva tempo”, acrescentou Márquez.

“Procuro ser sempre honesto e agora os meus comentários não são corretos, porque a minha condução muda ao longo do fim de semana devido ao cansaço.”

Apesar de o físico estar limitando Márquez, ele diz querer andar neste final de semana no seco em vez de no molhado, com a previsão do tempo dando conta de que a maior parte dos três dias de atividades terá chuva.

“Eu gostaria de pilotar no seco, para continuar com a reabilitação. Meu limite agora é físico, e a chuva pode diminuir isso. Mas então a minha posição na moto também será afetada.”

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