Indy: McLaughlin acerta estratégia e vence movimentado GP do Alabama

Scott McLaughlin venceu neste domingo (28) o Grande Prêmio do Alabama, terceira etapa da temporada 2024 da Indy. Em uma prova marcada por uma grande variedade de estratégias e algumas disputas mais acirradas no Barber Motorsport Park, o piloto da Penske foi absoluto e seguiu para vencer pela primeira vez no ano na categoria americana.

A segunda posição acabou nas mãos ficou com Will Power, que completou o 1-2 da Penske, mesmo após escapar do traçado. Linus Ludqvist, com a Chip Ganassi, cruzou a linha de chegada com a terceira posição, sendo seguido por Felix Rosenqvist, quarto com a Meyer Shank. Álex Palou, que apostou em uma estratégia de economia de combustível, foi o quinto com a Ganassi.

A corrida contou com quatro bandeiras amarelas. A primeira ocorreu na sexta volta, após Pietro Fittipaldi parar na barreira de pneus após ser tocado por Pato O’Ward. O brasileiro da RLL até voltou para a corrida, mas completou com a 27ª posição. Depois, na volta 44, Alexander Rossi parou na brita após perder uma das rodas do carro da McLaren depois de um pit stop.

No giro 55, Sting Ray Robb acertou os pneus após o volante do carro sair de suas mãos. Já no giro 85, Christian Rasmussen, que rodara outras duas vezes antes, perdeu o controle mais uma vez e ficou atravessado na pista. Ainda houve um incidente bizarro na disputa, quando uma boneca do tamanho de um manequim caiu de uma passarela na pista.

A próxima etapa da Indy será o Grande Prêmio de Indianápolis, corrida marcada para o circuito misto do Indianapolis Motor Speedway, no dia 11 de maio.

Confira como foi a corrida

A corrida começou com Scott McLaughlin mantendo a primeira posição na largada, seguido por Will Power e Christian Lundgaard. Um pouco mais atrás, Scott Dixon avançou da 13ª para a décima posição. Já no fim do grid, Jack Harvey, Kyffin Simpson e Sting Ray Robb se tocaram, saindo da pista, mas retornando logo na sequência.

No segundo giro, Santino Ferrucci e Colton Herta se tocaram, mas seguiram na pista, enquanto Pato O’Ward rodou sozinho com a McLaren, passeando pela brita. Depois de largar da 26ª posição, Pietro Fittipaldi apareceu em 20º logo no terceiro giro de disputa. Outro que se destacava era Álex Palou, que avançou ao sexto lugar ao passar por Graham Rahal, depois de largar em décimo.

McLaughlin abriu 1,2 segundos em relação a Power logo na quarta volta de prova. Ferrucci conseguiu passar por Herta, tomando o 17º lugar. Na sexta volta, Pietro Fittipaldi bateu contra a barreira de pneus após receber um forte toque de Pato O’Ward, causando a primeira bandeira amarela da corrida. Já Rinus VeeKay se encaminhou para os boxes para fazer sua primeira parada nos boxes.

Alguns dos pilotos foi aos boxes na oitava volta, quase todos apenas para reabastecimento. A relargada da prova veio na 11ª volta, com O’Ward, de pneus novos, atacando os adversários no pelotão de trás. O mexicano da McLaren, porém, acabou punido pelo lance com o brasileiro da RLL. Na frente, Palou avançou ao quarto lugar ao passar por Felix Rosenqvist no 13º giro.

McLaughlin voltou a abrir vantagem sobre Power, chegando aos 1,6 segundos na abertura da 15ª das 90 voltas. O australiano perdeu desempenho e passou a ver Lundgaard, o terceiro, se aproximar. Ferrucci fez grande ultrapassagem sobre Linus Lundqvist, e, na volta 18, passou por Herta mais uma vez, entrando no grupo dos 15 melhores da prova.

Scott Dixon saiu da pista quando duelava por posição com Rahal e passeou pela brita com 18 voltas, perdendo posições. Já Alexander Rossi foi aos boxes com a McLaren. A prova seguiu com Ferrucci tendo grande atuação, avançando ao 11º lugar com 22 voltas. Já Power errou e passou pela grama na volta 23, caindo para o terceiro lugar, sendo superado por Lundgaard.

O dinamarquês da RLL foi aos boxes na volta 25, ganhando um novo jogo de pneus macios. Christian Rasmussen foi outro a passar pela brita, perdendo posições. Power foi para seu pit stop no giro 28, passando para os macios depois de largar com os duros. McLaughlin, então líder, trocou os pneus duros pelos macios e reabasteceu na volta 29. Palou tomou a liderança.

O espanhol da Ganassi foi aos boxes no complemento da volta 30, o que foi seguido por Marcus Armstrong e Dixon, seus companheiros de equipe. Agustín Canapino e Colton Herta também entraram nos boxes. Na volta seguinte, Rosenqvist, Rahal, Newgarden, Grosjean, Kirkkwood e Ericsson foram aos boxes. Ferrucci assumiu a liderança da prova, seguido por McLaughlin.

Armstrong atacou Newgarden e tocou o carro do piloto da Penske, que perdeu velocidade, traçado e posições. O’Ward foi aos boxes na volta 34, enquanto VeeKay partiu para a segunda parada nos boxes no giro 35, quando ocupava o terceiro lugar após largar da 27ª posição. Com 36 voltas, foi a vez de Ferrucci fazer uma nova parada nos boxes.

Enquanto Romain Grosjean e Kyle Kirkwood se estranhavam, Kyffin Simpson foi aos boxes, o que foi seguido por Lundqvist no giro seguinte. Na frente, McLaughlin disparou 7,2 segundos para Lundgaard com 38 voltas de disputa. Em quinto, Luca Ghiotto foi aos boxes na volta 39, após trocar pneus e reabastecer pela primeira vez ainda no sétimo giro.

Com 40 voltas, chamava atenção o fato de McLaughlin, o líder da prova, ter usado apenas 20 dos 200 segundos de push to pass. Lundgaard, o segundo colocado, chegou a essa altura da prova com apenas 115 segundos disponíveis. Ghiotto, por sua vez, saiu da pista na volta 43. A segunda bandeira amarela da prova veio na volta 44, com Alexander Rossi, que perdeu uma roda após parar nos boxes para troca de pneus.

Os líderes da prova, McLaughlin, Lundgaard e Power, foram aos boxes na volta 47, com o australiano superando o dinamarquês. Canapino rodou nos boxes e deixou o carro morrer. Palou assumiu a liderança, seguido por Rosenqvist, Armstron, Ferrucci e Rahal. A bandeira verde foi acionada novamente na volta 49, com Power passando McLaughlin para tomar a 17ª posição.

VeeKay avançou ao oitavo lugar ao passar por Newgarden na volta 50, enquanto McLaughlin retomou a 17ª posição de Power. Herta “driblou” Dixon para tomar o 12º lugar, ao passo que o neozelandês da Penske passou por Théo Pourchaire, avançando ao 16º posto. Uma boneca caiu na pista na volta 52, mas a corrida permaneceu em bandeira verde.

Palou passou a abrir vantagem sobre Rosenqvist, chegando aos 3,3 segundos de frente com 53 voltas. Dois giros depois, Sting Ray Robb parou nos pneus e causou a terceira bandeira amarela da disputa. Palou e os líderes todos se dirigiram aos boxes para mais uma parada nos boxes. Ferrucci assumiu a liderança da prova, seguido por Lundqvist e McLaughlin.

A relargada veio na volta 61, com Ferrucci abrindo frente rapidamente para Lundqvist, que segurava McLaughlin. O piloto da AJ Foyt seguiu abrindo vantagem, mas tinha a certeza de que precisaria de mais uma parada nos boxes, assim como os seus adversários diretos naquele momento da prova. Palou, que buscava economizar combustível para terminar a prova, vinha em 11º.

Dixon foi aos boxes na volta 66, enquanto Ferrucci, o líder, trocou pneus e reabasteceu pela última vez no 67º giro, retornando à pista no 20º lugar. O’Ward e Newgarden fizeram seus pit stops no mesmo momento. A diferença entre Palou e Ferrucci era de 13 segundos após a parada do americano. Newgarden e Tom Blomqvist se estranharam, com o novato saindo da pista.

Lundqvist, na liderança, adiava o momento de sua última parada, e tinha McLaughlin menos de um segundo atrás. Power vinha em terceiro, seguido por Lundgaard e Rasmussen. O dono do carro número 8 parou nos boxes na volta 71, retornando em 14º, três posições à frente de Ferrucci. McLaughlin, agora na liderança, aumentou o ritmo de corrida.

Rasmussen foi para o último pit na volta 74, enquanto McLaughlin, Lundgaard e Power pararam nos boxes e reabasteceram, com a dupla da Penske retornando à frente de Palou. Lundqvist, na volta 77, seguia abrindo caminho e subiu para quinto, pouco mais de dez segundos atrás de McLaughlin, o líder. O sueco passou por Rosenqvist e Palou nas voltas seguintes, pulando para o terceiro lugar.

Rasmussen rodou mais uma vez após sofrer um toque de Canapino, enquanto McLaughlin entrou nas dez voltas finais com 3,5 segundos de vantagem para Power. Ferrucci, mais atrás, seguiu avançando, se aproveitando de melhores pneus. Mas com cinco voltas para o final, Rasmussen rodou pela terceira vez, provocando mais uma bandeira amarela.

A última relargada veio com duas voltas para o final, mas McLaughlin abriu uma pequena vantagem para seguir para a vitória, sendo seguido por Power e Lundqvist.