Norman Nato, que fará sua estreia na FIA ABB Fórmula E na próxima temporada com a Rokit Venturi Racing, explica o que significa o desafio de competir na série de monopostos elétricos.
A saída de Felipe Massa da equipe comandada por Susie Wolff logo após o final da temporada 2019/20 abriu uma vaga em uma posição que ninguém esperava que estivesse livre. E dessa vez, ao invés de sair à procura de um piloto de destaque como o brasileiro, a Venturi buscou portas adentro e lá encontrou Norman Nato.
O piloto francês está envolvido com a equipe desde 2018 como piloto reserva, com duas aparições em provas de novatos da Fórmula E em Marrakech, e passou horas realizando o trabalho de desenvolvimento no simulador da Venturi nos últimos dois anos.
Com toda essa experiência e a que também adquiriu nos testes de pré-temporada de Valência em novembro passado, Nato espera ansioso pelo seu novo desafio.
“Muitas coisas novas estão acontecendo comigo, é ótimo. É um grande campeonato. É um campeonato mundial agora. Então, obviamente, estar na Fórmula E é algo que eu queria, conseguir uma vaga. Principalmente com a Venturi, já venho trabalhando para eles há dois anos. E sim, é uma nova função que tenho na equipe. É um papel importante agora porque, obviamente, o papel que eu tinha antes era importante, mas agora é ainda mais importante porque estou no carro, tenho que marcar pontos para a equipe”, comentou.
Veja o vídeo:
Questionado sobre as expectativas para sua primeira temporada na Fórmula E, Nato comentou: “Não é comparável a nada a que nos acostumamos no passado. É uma tecnologia realmente nova, você tem que mudar seu estilo de direção, aprender muitas coisas novas. E para ser honesto, agora estou realmente focado no procedimento, tentando entender tudo o que puder sobre nosso trem de força da Mercedes”.
“Para mim seria a chave para evitar erros, porque o objetivo não será em termos de posição, mas sim de pontuar no geral. E se você consegue marcar pontos, seja um ou dois pontos, às vezes, quando é um dia difícil, será importante no final do campeonato somar o máximo de pontos possível. E como a posição no campeonato não é algo que estamos focando neste momento, ainda é muito cedo para pensar nisso. Mas ser capaz de evitar erros e tentar antecipar o que podemos antecipar é o mais importante para mim hoje.”
Nato terá como companheiro de equipe Edoardo Mortara, que já mostrou que pode vencer corridas e subir ao pódio na Fórmula E, ao mesmo tempo em que a Venturi trouxe para a 7ª Temporada Jerome D’Ambrosio, recentemente aposentado das pistas, para acompanhar Susie Wolff na gestão da equipe.
São três pessoas que podem contribuir muito para o desempenho do estreante francês e ele está disposto a aproveitar a oportunidade.
“Tenho uma excelente relação com Susie, ela é muito honesta comigo, isso é algo que eu gosto, e o mesmo vale para mim. Nos demos bem desde o primeiro dia em que trabalhamos juntos”, disse Nato.
“Edo (Mortara) é muito mais experiente do que eu, então é ótimo para mim, porque ele também é mais velho do que eu, mostrou do que era capaz no DTM, e ter alguém como Edo ao meu lado me dá uma base perfeita. Ele tem experiência, é rápido, o que me permite aprender e obter muitas informações, é perfeito.”
“Jerome é uma nova incorporação à equipe. Tem muita experiência, correu cinco anos na Fórmula E. Agora ele está na direção da equipe, mas quando pode ajuda do ponto de vista da pilotagem, como na minha primeira simulação de corrida (em Valência), quando ele viu algumas coisas que eu não conduzi bem, e veio conversar diretamente comigo, discutimos sobre isso. Com certeza é algo que me ajuda como novato”, concluiu.
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