Fórmula E estuda tirar fanboost com chegada do Gen 3 ao final de 2022

A Fórmula E está elaborando mudanças para as próximas temporadas e o futuro do fanboost passou a ser incerto. Jaime Reigle, diretor-executivo da categoria elétrica, revelou que há dúvidas de manter o sistema após a chegada da nova geração de carros, os Gen 3, ao final do próximo ano.

O fanboost existe desde o primeiro campeonato da FE em 2014. O sistema nada mais é que uma votação popular em que os fãs escolhem um número limitado de pilotos por etapa que ganharão uma potência extra durante a prova.

Ao longo dos anos, a votação passou por aperfeiçoamentos. Antes realizada através das redes sociais, Facebook e Twitter passaram a ser desconsiderados e agora votos válidos são apenas os feitos através do site oficial para o meio.

Entretanto, pode cair em desuso com a chegada do Gen 3. “O fansboost ainda está servindo o propósito inicial em termos de trazer uma conexão entre os fãs e o produto da corrida de uma maneira realmente autentica? Se afeta o resultado é um pouco relativamente diferente, mas não há outros esportes, onde fãs podem ter esse impacto direto no formato esportivo ou resultado”, disse Jaime.

“Fizemos muito trabalho no último ano para assegurar que o conceito do fanboost tem alta integridade. Por exemplo, paramos de usar o Twitter como uma plataforma de votação, pois havia algumas preocupações de alguns times de que era aberto a manipulação”, seguiu o dirigente.

“O que tentamos fazer é refinar o conceito ao meio termo, acredito que temos de nos questionar com a chegada do Gen 3 ‘quais são os principais conceitos da FE e o que tentamos fazer para alcançá-los?’ Temos a responsabilidade de olhar todos os elementos, dizer ‘são essenciais e contribuem para a experiência dos fãs, convidados’, etc”, completou.

Com a vinda da segunda geração de carros em 2018, a Fórmula E mudou consideravelmente o formato dos finais de semana. Entre as novidades está o modo ataque, um lugar determinado do traçado em que os pilotos passam para ter potência extra no motor. Ainda, os carros passaram a aguentar a duração completa de uma corrida, sem precisar ter a troca na metade da disputa.

A mudança mais recente aplicada pela categoria elétrica foi a revisão da regra de redução de potência por tempo de safety-car, muito impulsionada pelo caótico final presenciado na corrida 1 em Valência.