Isola comenta conversas sobre pneus com muitas pessoas da F1

O chefe da Pirelli F1, Mario Isola, afirmou que é difícil deixar todo mundo feliz com seu produto de pneus, quando há muitas partes interessadas envolvidas nas discussões.

A fabricante italiana foi criticada várias vezes pelo desempenho de seus pneus, desde que assumiu as funções da Bridgestone em 2011, com os pilotos descontentes com o nível de gerenciamento necessário.

No entanto, também ocorreram críticas sobre a capacidade de prolongar a vida útil dos pneus para fazer apenas um pit stop durante uma corrida, impedindo as oportunidades de disputas estratégicas.

A Pirelli foi encarregada de criar compostos completamente novos para as rodas de 18 polegadas, já que a F1 apresenta carros radicalmente diferentes para 2022.

“Foi uma discussão bastante difícil, não difícil, mas foi uma longa discussão que tivemos não apenas com a FIA e a F1, mas também com as equipes e os pilotos”, disse Isola.

“É por isso que é sempre um compromisso. Você tem muitas partes interessadas ao redor da mesa e é difícil deixar todo mundo feliz. A indicação clara dos pilotos foi: ‘Queremos pressionar mais os pneus. Não queremos gerenciar os pneus’.”

“Há muitos elementos que você deve considerar que não é apenas o pneu, mas eles nos disseram: ‘Queremos forçar os pneus e lutar, não tendo esse problema de superaquecimento’.”

Detalhando por que os novos carros darão dor de cabeça para atingir as metas da Pirelli, Isola explicou: “O superaquecimento é gerado muito pela perda de downforce.”

“Então, se você perde downforce quando segue outro carro, começa a deslizar e superaquece a superfície. Essa é uma consequência normal da perda de downforce.”

“Os carros são projetados para obter desempenho do downforce. Se você perder, isso é o que vimos na simulação, um máximo de 10% de downforce quando você segue de perto outro carro, é uma situação diferente também para os pneus”, concluiu.