Há exatos 35 anos, no dia 11 de maio de 1986, Elio de Angelis disputava sua última corrida na F1. O GP de Mônaco daquele ano marcou a despedida do competidor italiano que, poucos dias mais tarde, durante treinos em Paul Ricard, na França, sofreu um grave acidente e acabou morrendo.
O competidor nascido em Roma começou a chamar a atenção do mundo do esporte a motor após ter vencido a prova no principado em 1978, quando corrida na Fórmula 2. No ano seguinte, chegou à Fórmula 1 pela decadente Shadow, equipe que não tinha equipamento suficiente para entregar bons resultados. Mesmo assim, conseguiu uma quarta colocação nos Estados Unidos e um passe para uma equipe grande na temporada seguinte.
A partir de 1980, passou a correr na Lotus ao lado de Mario Andretti. Já no seu segundo GP, em Interlagos, conseguiu uma segunda colocação, seu primeiro pódio na categoria. Até o final do campeonato, o italiano voltou aos pontos mais três vezes – na época, apenas os seis primeiros pontuavam – e terminou a classificação em sétimo.
A primeira vitória de De Angelis veio em 1982 na improvável pista da Áustria. Aquela temporada também marcou a conhecidíssima greve dos pilotos, e que Elio fez parte, na etapa na África do Sul – os competidores eram contra a criação da superlicença da FIA e quase não correram em Kyalami. No final, houve acordo e aconteceu a prova.
O desempenho do competidor de Roma só começou a mostrar bons resultados novamente em 1984, sua melhor campanha na F1. Naquele ano, subiu quatro vezes no pódio e pontuou em 11 de 16 etapas, terminando o ano em terceiro com 34 pontos. Em 85, terminou mais três vezes no top-3, sendo um deles com uma vitória, terminando o ano em quinto, uma atrás de seu novo companheiro Ayrton Senna.
Batido pelo tricampeão brasileiro e sem motivação, De Angelis mudou para a Brabham em sua última temporada na F1. O início do campeonato do italiano começou bastante difícil com um carro pouco competitivo, que tinha perfil baixo demais. Nas três primeiras etapas, tinha uma oitava posição e dois abandonos.
Então, chegou a prova em Mônaco e já na classificação enfrentou problemas em seu motor BMW no segundo treino e largou apenas da última colocação – até este ano, por motivos de segurança, o número de pilotos na prova era limitado. O competidor até tentou se recuperar durante a corrida, mas teve de abandonar por conta do turbo quebrado. Aquela também marcou o último pódio de Keke Rosberg na F1.
Ali acabava a carreira de Elio na principal categoria do automobilismo. O motivo é que poucos dias mais tarde, De Angelis foi até Paul Ricard para testes com a Brabham, mas acabou sofrendo um acidente grave quando a asa traseira de seu carro se soltou. Com pouca assistência médica no circuito francês, o piloto de 28 anos acabou inalando muita fumaça e morrendo em decorrência da batida.
Spotify
Google Play Music
Deezer
iTunes
Amazon