F1: Vasseur diz que Norris também teve sorte em Miami

O chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, reconheceu que o erro do safety car no GP de Miami de Fórmula 1, acabou beneficiando Lando Norris da McLaren, que venceu a corrida.

Norris estendeu sua primeira passagem e entrou no box durante a neutralização provocada pelo safety car. Ele assumiu a liderança após a maioria dos pilotos pararem, estando inicialmente em sexto.

Ao sair do pit lane, Norris se viu na frente do safety car, que havia entrado na frente de Max Verstappen, então em segundo lugar. A confusão foi corrigida, mas a situação deu à McLaren um pit stop tranquilo, sem ameaça de perder a liderança para a Red Bull.

“Eu diria que Lando provavelmente teve um pouco de sorte, porque ele era o único na pista”, disse Vasseur à imprensa. “Mas, mais do que isso, acho que foi o fato de terem colocado o safety car na frente de Verstappen. Eles estão tão acostumados a ter Verstappen liderando o pelotão que mandaram o safety car na frente dele, e o safety car estava bem lento. No final, foi uma ótima jogada para Lando.”

Por outro lado, o piloto da Ferrari, Carlos Sainz, que havia acabado de fazer seu pit stop quando o safety car causado pelo acidente entre Kevin Magnussen e Logan Sargeant, foi acionado, não teve a mesma sorte.

“Esqueci da bola de cristal”, brincou Vasseur quando questionado sobre o infortúnio de Sainz. “Eu não sabia que Logan (Sargeant) e Kevin (Magnussen) iriam colidir na volta seguinte ao pit stop de Carlos.”

Com a McLaren trazendo um pacote de atualizações significativo para Miami, a equipe conseguiu diminuir a distância para a Ferrari. Na etapa anterior, na China, Norris em particular surpreendeu a Scuderia com seu ritmo de corrida, conquistando o segundo lugar. O outro piloto de Vasseur, Charles Leclerc, esperava que a Ferrari se juntasse aos carros da Red Bull no pódio em Xangai, mas não foi o que aconteceu.

Embora a Ferrari deva trazer um novo pacote para a próxima corrida, em Ímola, Vasseur espera uma luta acirrada nas próximas provas, usando o final de semana em Miami como exemplo.

“Não precisamos extrapolar dessa forma, acho que havia um grupo de quatro ou cinco carros com chances de vencer, ou até seis, porque (Oscar) Piastri estava com um bom ritmo”, argumentou o francês de 55 anos. “É assim que está agora, é a briga na pista, as circunstâncias, a estratégia, a posição na pista no caso de Miami, que ditam o resultado final”, encerrou o chefe da Ferrari.