Lance Stroll lamentou a escolha da asa traseira ‘errada’ pela Aston Martin, o que contribuiu para sua explosão de raiva no rádio da equipe, a respeito da falta de velocidade em reta durante o GP do Japão de Fórmula 1.
Stroll viveu um fim de semana para ser esquecido em Suzuka. Eliminado no Q1, não pontuou e terminou apenas em 12º, apesar de fazer algumas ultrapassagens.
“É inacreditável como a nossa velocidade na reta é ruim”, reclamou Stroll pelo rádio. “É como se estivéssemos em outra categoria!”
O canadense conseguiu ultrapassar carros mais lentos nas curvas iniciais, mas não obtinha o mesmo resultado nas retas.
“Estava muito difícil com a velocidade na reta. A asa traseira que escolhemos estava errada”, afirmou Stroll. “Tive que fazer todas as ultrapassagens na curva 6 e não consegui superar ninguém nas retas por causa da falta de velocidade. No geral, entre a sessão de classificação e a corrida, foi um fim de semana para esquecer.”
Os comentários de Stroll via rádio trouxeram comparações com a declaração de seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, em 2015, quando chamou a unidade de potência Honda na McLaren, de ‘motor de GP2’.
No entanto, o chefe da Aston Martin, Mike Krack, esclareceu que o problema de Stroll não foi falta de potência do motor ou excesso de arrasto aerodinâmico do carro. Krack explicou que o pneu mais gasto de Stroll, comparado a outros pilotos, prejudicava a tração nas saídas de curva, o que dava a impressão de falta de velocidade.
“Analisei esse momento”, disse Krack ao Autosport. “O que vemos é que há pequenas diferenças de performance nas retas. Mas os pneus também influenciam, e a aceleração na saída de curva varia de acordo com o desgaste. Acho que muitos comentários vêm dessas situações. Analisando os dados de potência, vemos que todos os carros estão muito parecidos. Mas a condição dos pneus em diferentes momentos da corrida muda o comportamento. Com 10, 12 ou 15 voltas a menos no pneu, a aceleração é completamente diferente”, finalizou Krack.