F1: Steiner detona “estruturas antigas” da Haas após saída da equipe

Críticas ao proprietário por não modernizar práticas, apontadas como causa do mau desempenho

Guenther Steiner, ex-diretor da equipe Haas de Fórmula 1, lançou críticas contundentes ao dono da equipe, Gene Haas, por falhar em se adaptar às atuais regulamentações da F1, introduzidas em 2022. A saída de Steiner do cargo, após o término de seu contrato no final de 2023, foi marcada por seu descontentamento com a direção que a equipe estava seguindo sob a liderança de Haas.

Steiner, que dirigiu a Haas desde a entrada da equipe no esporte em 2016 até o final de 2023, expressou seu desejo de investir na equipe baseada na Carolina do Norte, visão essa que não foi compartilhada por Gene Haas. O ex-diretor enfatizou a necessidade de mudança para evitar repetir o último lugar no Campeonato de Construtores, como aconteceu em 2023, mas encontrou resistência.

“A Fórmula 1 viu várias mudanças regulatórias importantes nos últimos anos, com as atuais regulamentações aerodinâmicas entrando em vigor há dois anos, enquanto o teto orçamentário foi introduzido em 2021. Cada equipe no paddock foi forçada a fazer mudanças para permanecer competitiva. No entanto, nem todas se adaptaram ao esporte em constante mudança”, explicou Steiner, destacando a importância de se adaptar às novas regras para se manter competitivo.

Steiner admitiu que a equipe americana foi lenta em “reagir” às mudanças no esporte, mas apontou que a falha não era dos funcionários, e sim da estrutura estabelecida. “É um segredo que estávamos em um impasse com nosso conceito e que demoramos muito para reagir. Isso acontece quando você tem apenas metade do número de pessoas que as outras têm. Mas nossos caras não fizeram um trabalho tão ruim”, disse Steiner, oferecendo uma avaliação mista do desempenho da equipe e reconhecendo os esforços de seus membros apesar das limitações estruturais e financeiras.

A divergência de visões sobre o futuro da equipe e a relutância em investir em infraestrutura e adaptação às novas realidades da Fórmula 1 foram cruciais para a saída de Steiner, destacando os desafios enfrentados pela Haas em se manter relevante e competitiva no cenário atual do automobilismo.