F1: Sexta-feira 13: relembre acidentes que parecem ter saído de filmes de terror

Outubro é o mês das bruxas com a tradicional comemoração do Halloween, costume bastante comum especialmente em países estrangeiros. E justamente neste mês também está acontecendo a sexta-feira 13, vistos por muitos como dia de infortúnio, falta de sorte e também de terror, muito retratado nos cinemas.

No automobilismo, especialmente na F1, o numeral sempre foi bastante evitado desde que a principal categoria do automobilismo passou a adotar o sistema de números nos carros – até hoje, apenas Pastor Maldonado, venezuelano, decidiu colocar o #13 em seu bólido, e nunca mais foi adotado.

Entretanto, ao longo da história, a F1 protagonizou alguns acidentes ao longo de suas corridas que pareciam saídos diretamente de filmes de terror. Abaixo, relembramos alguns dignos de sexta-feira 13 – vale ressaltar: todos os pilotos sobreviveram aos impactos sem grandes lesões.

Niki Lauda – Alemanha 1976

Não teria como começar essa lista com outra passagem. A prova daquele ano quase foi cancelada por conta da chuva que caiu antes da largada, inclusive, Lauda foi um dos pilotos que votou contra a realização da corrida. Entretanto, a maior parte do pelotão optou por seguir adiante e foi pouco após o apagar das luzes que tudo aconteceu.

Na segunda volta, o competidor tinha acabado de passar por uma curva quando seu carro perdeu o controle e bateu de frente com um muro. Imediatamente, sua Ferrari foi engolida por uma bola de fogo e apesar de não conseguir sair sozinho, alguns pilotos auxiliaram o austríaco. Niki perdeu apenas duas provas e voltou na Itália, encerrando aquele ano como vice-campeão.

Martin Brundle – Austrália 1996

O GP em Melbourne teve uma duração exata de apenas três curvas para Brundle. Assim que a largada foi autorizada na prova australiana, o britânico, que largou em penúltimo, começou a tentar avançar no pelotão e atacou os adversários à frente. Entretanto, na curva 3, viu David Coulthard jogar sua McLaren para a esquerda após acertar o carro de Johnny Herbert.

Sem ter para onde ir, a Jordan de Martin acertou a traseira de ambos os pilotos e foi catapultada no ar. Nisso, o competidor rodou, caiu no chão, capotou e enfim parou com metade do motor faltando e a caixa de câmbio perdida. Apesar de a imagem ter sido impressionante, o inglês saiu engatinhando e sem problemas da cena e correu para os pits para pegar o carro reserva, mas foi proibido de voltar para a disputa.

Fernando Alonso e Mark Webber – Interlagos 2003

Interlagos sempre reserva uma das melhores corridas do calendário da F1, normalmente com chuva e imprevisibilidade. E no GP de 2003 não foi diferente com até mesmo um toque de aleatoriedade, mas que ficou marcada pelo acidente com Fernando Alonso, que fazia prova de recuperação após largar em décimo, e Mark Webber.

Na volta 54, o australiano acertou com violência o muro de proteção e destruiu sua Jaguar. No giro seguinte, sem conseguir desviar dos detritos, o espanhol acertou com muita força o carro do adversário e, na sequência, colidiu contra o muro de concreto, provocando uma bandeira vermelha imediata e encerramento da disputa. Enquanto Mark saiu do carro sem lesões, Fernando precisou ser levado ao hospital para ficar em observação.

Robert Kubica – Canadá 2007

Kubica sempre foi um piloto que viveu no limite e acabou se envolvendo em alguns acidentes. Inclusive, esteve no centro de uma das colisões mais assustadoras da F1 no circuito de Montreal, no Canadá. A temporada 2007 marcava sua segunda no grid e o polonês caminhava para se consolidar entre os nomes mais promissores da época.

A prova canadense marcava a sétima parada do calendário e Kubica havia conseguido a oitava posição do grid de largada. Em uma disputa sem grande brilho, ainda perdeu terreno em uma estratégia ruim da BMW Sauber durante período de safety-car, que o derrubou para 15º. Quando a relargada foi autorizada, partiu para cima de Jarno Trulli e quando foi deixar o italiano para trás, dos pilotos se tocaram, Robert perdeu o controle e o carro foi jogado para um degrau na área de escape.

Nisso, o carro bateu com violência contra o muro de concreto e retornou para o traçado e após pegar a junção da grama com asfalto, o carro começou a capotar e o piloto a balançar. O bólido parou no guard rail em 90 graus e de lado e pelas imagens, foi possível ver os pés do polonês na parte da frente destruída.  Mas apesar do susto, o competidor não teve nenhuma fratura e estava consciente, saindo quase ileso do acidente.

Romain Grosjean – Bahrein 2020

Após toda a lista, certamente o acidente de Grosjean é o mais impressionante da história da F1. Ver o francês envolto na bola de fogo com seu carro quebrado ao meio e preso ao guard-rail trouxe momentos de tensão pouquíssimas vezes antes vista na F1. E a imagem de o piloto saindo andando sozinho da colisão é ainda mais impressionante.

Na largada do GP do Bahrein de 2020, o competidor da Haas acabou tocando com a AlphaTauri de Daniil Kvyat. Nisso, foi arremessado contra a proteção do circuito em alta velocidade com o carro partindo ao meio e pegando fogo de forma instantânea. Por sorte, o carro médico ainda estava na pista e rapidamente foi retirar o piloto da cena, que deixou o carro após segundos de muita apreensão e apenas com as mãos e um dos pés queimado. O competidor não terminou a temporada e foi substituído por Pietro Fittipaldi nas duas etapas seguintes.