O ex-piloto de Fórmula 1, Ralf Schumacher, expressou sua opinião sobre a dinâmica na equipe Ferrari a partir de 2025, sugerindo que Charles Leclerc pode ter vantagem sobre Lewis Hamilton se o carro da equipe se mostrar instável.
A Ferrari anunciou na semana passada que Hamilton substituirá Carlos Sainz na equipe a partir da próxima temporada, formando parceria com Charles Leclerc.
Schumacher, sem prever o resultado do confronto entre os dois, acredita que a preferência de Leclerc por uma dianteira mais ágil o torna mais adequado para domar um carro menos dócil de pilotar.
“Quando Hamilton estiver na Ferrari, ele tentará ser o número um da equipe, mas acho que terá que lutar por isso, porque Leclerc está lá há muito tempo”, afirmou Schumacher à Sky alemã. “O mais importante é o que os pilotos querem. Lewis precisa de um carro estável, enquanto Charles pode pilotar um carro mais instável. Resta saber quem irá prevalecer.”
Schumacher também prevê um ano desafiador para Ferrari e Mercedes, especialmente com a saída de alguns pilotos no final desta temporada. Apesar de Toto Wolff, chefe da Mercedes, insistir na igualdade de tratamento, Schumacher acredita que a equipe inevitavelmente se voltará para George Russell.
“2024 será um ano muito difícil para Ferrari e Mercedes”, acrescentou Schumacher. “Por um lado, você tem um piloto que deveria lutar pelo campeonato, então você tem que compartilhar tudo com ele. Mas apenas até certo ponto na temporada, devido ao desenvolvimento do carro para o próximo ano. Na Mercedes, sem dúvida, eles se concentrarão mais em apoiar George Russell.”
Schumacher também compreende a decisão de Hamilton em deixar a Mercedes, destacando as dificuldades da equipe nos últimos anos. O heptacampeão não conquistou nenhuma vitória desde a introdução do efeito solo em 2022, refletindo os problemas conceituais no carro da Mercedes.
“A princípio, pareceu surpreendente para nós (a mudança de Hamilton para a Ferrari), mas é compreensível. Lewis quer vencer, e acho que ele perdeu um pouco de confiança na equipe Mercedes nos últimos dois anos. Esses dois anos foram realmente difíceis”, encerrou o alemão.