F1: Sainz gostaria de já ter definido seu futuro na categoria

Carlos Sainz admitiu que a indefinição sobre seu futuro na Fórmula 1 em 2025, tem sido uma experiência ‘desconfortável’ em alguns momentos, à medida que sua saída da Ferrari se aproxima.

O espanhol expressou o desejo de permanecer na equipe italiana, mas a Scuderia optou por contratar Lewis Hamilton a partir da próxima temporada para formar dupla com Charles Leclerc.

Sainz foi cogitado na vaga da Mercedes, enquanto o consultor da Red Bull, Helmut Marko, revelou que o piloto já tem uma proposta lucrativa da Audi, que irá assumir integralmente a Sauber a partir de 2026, mas já quer formar sua dupla de pilotos em 2025, tendo confirmado hoje (26/04) que Nico Hulkenberg que atualmente corre na Haas, será um dos pilotos da ainda Sauber na próxima temporada.

Apesar da especulação constante, Sainz tem respondido bem na pista, conquistando três pódios, o que inclui uma vitória na Austrália, nas quatro corridas que participou este ano, pois na Arábia Saudita teve uma apendicite e foi substituído por Oliver Bearman, reserva na Ferrari e que atualmente corre na F2.

Reconhecendo a frustração por não ter um time definido para 2025, Sainz afirmou que não pode se distrair na busca por bons resultados.

“Se será positivo ou negativo, sempre dependerá do meu desempenho”, disse Sainz à imprensa na China na semana passada, ao ser questionado sobre seu futuro. “Acho que o bom desse esporte é que, se você se sai bem, as coisas normalmente acabam acontecendo do seu jeito.”

“Pode ser frustrante às vezes, não vou mentir. Dormir alguns dias sem saber o que o futuro reserva, às vezes é frustrante e desconfortável. Outras vezes, é emocionante porque há novidades todos os dias. O bom é conseguir separar as coisas, ter um bom desempenho na pista e deixar o resto para meu time de gerenciamento”, acrescentou.

Sainz acredita que sua situação mostra que a Fórmula 1 difere de outros esportes, já que as equipes escolhem seus pilotos com base em fatores além do desempenho puro.

“As coisas estão progredindo bem, mas isso mostra o quão difícil é a F1”, continuou ele. “Alguém que talvez veja de fora e diga: ‘O cara está se saindo tão bem e ainda não sabe onde vai correr no ano que vem’. Em outros esportes, talvez isso não aconteça com tanta frequência, e apenas mostra que a F1 é um esporte muito particular, político em alguns aspectos, dependendo do desempenho em outros, é muito particular nesse sentido.”

“Mas também emocionante, e de certa forma, quando a Netflix mostra as coisas do jeito que mostra (na série ‘Drive to Survive’), pode ser muito emocionante de fora, assim que você começa a conhecer as coisas que acontecem nos bastidores”, concluiu.

Sainz ocupa atualmente a quarta posição no Campeonato de Pilotos com 69 pontos, sete atrás do companheiro de equipe Charles Leclerc, mesmo tendo perdido a corrida na Arábia Saudita devido a uma cirurgia de apendicite.