F1: Russell diz que novo sistema de refrigeração é insuficiente para os pilotos

A Fórmula 1 implementou uma nova entrada de ar nos carros para refrigeração dos pilotos, que foi testada na pré-temporada no Bahrein, visando combater o calor extremo enfrentado na corrida do Catar em 2023. No entanto, o piloto da Mercedes George Russell, acredita que a novidade não teria feito grande diferença naquela prova.

No GP do Catar do ano passado, os pilotos sofreram com temperaturas que ultrapassaram os 36ºC. A situação foi agravada pela limitação imposta pela Pirelli em relação ao número de voltas por stint, obrigando a um ritmo mais rápido e consequentemente, maior calor dentro do cockpit.

Vários pilotos precisaram de atendimento médico após a corrida, e Logan Sargeant inclusive abandonou a prova devido ao mal-estar. Em resposta à essa situação, a FIA permitiu o uso de um novo duto de refrigeração posicionado mais próximo do piloto, anteriormente restrito à região do bico do carro.

Apesar da novidade, Russell afirmou em entrevista: “A mudança é positiva, mas não teria feito uma diferença substancial no caso do Catar. Com a temperatura ambiente e a humidade, a sensação térmica era próxima dos 48ºC. Desde o acidente de Romain Grosjean (no GP do Bahrein em 2020, onde o carro da Haas se partiu em dois e pegou fogo), os macacões dos pilotos estão cada vez mais grossos com mais camadas à prova de fogo, o que dificulta a refrigeração. A temperatura corporal provavelmente chegava perto dos 40ºC, o que é preocupante. A nova entrada de ar é um passo, mas infelizmente ainda não é suficiente”, finalizou Russell.

Essa declaração de Russell levanta preocupações sobre a segurança dos pilotos em corridas realizadas em países com climas extremamente quentes, sugerindo a necessidade de novas medidas para garantir o bem-estar dos competidores.