F1: Ricciardo diz que considerou encerrar sua carreira após dificuldades na McLaren

O piloto da AlphaTauri, Daniel Ricciardo, afirmou que estava ’50/50′ sobre o fim de sua carreira na Fórmula 1, após sua difícil passagem pela McLaren na temporada passada.

Apesar de conquistar a única vitória da McLaren na era dos motores turbo-híbridos em Monza em 2021, Ricciardo enfrentou dificuldades durante todo o seu período de dois anos com a equipe de Woking.

O australiano foi amplamente superado pelo companheiro de equipe Lando Norris, somando apenas 37 pontos em comparação aos 122 do britânico, custando assim à McLaren a quarta posição no Campeonato de Construtores, que ficou com a Alpine em 2022.

A McLaren optou por encerrar o contrato de Ricciardo um ano antes do previsto, levando o oito vezes vencedor de GPs a retornar à Red Bull na função de piloto reserva. Mas depos da abertura de uma vaga na AlphaTauri em julho, quando a equipe dispensou o novato Nyck de Vries, Ricciardo foi chamado para assumir a posição e afirmou que ficou revigorado desde seu retorno à equipe baseada em Faenza.

“Sentado aqui há um ano, eu pensava: ‘Essa poderia ser minha última corrida?’,” disse ele em Abu Dhabi. “Não estou exagerando quando digo isso. Eu realmente não sabia. Honestamente, achei que era 50/50 de chances. Então, ter o ano que tive e esquecer a lesão na mão (esquerda, sofrida em Zandvoort, no TL2 para o GP da Holanda de 2023). Eu meio que me sinto um pouco renascido. Sinto-me reenergizado e definitivamente consegui uma segunda chance.”

Ricciardo admite que esperava ficar fora durante todo o ano, afirmando que não poderia imaginar no início da temporada, sobre um retorno antecipado ainda este ano como piloto titular.

O piloto de 34 anos também reconhece que seu tempo longe de um cronograma em tempo integral, ampliou sua perspectiva de que vencer não era a única chave para aproveitar novamente suas corridas.

“Se eu não corresse nada este ano, se tivesse doze meses inteiros de ‘folga’, acho que não teria problema”, acrescentou. “Porque o simples fato de poder ter algum tempo livre para mim, foi realmente benéfico e me deu muito.”

“Felizmente, eu encontrei o suficiente nesses seis meses. Se você me perguntasse em janeiro: ‘Ok, você vai entrar na AlphaTauri em Budapeste? Como você se sente?’ Eu teria dito: ‘Bem, provavelmente não estou pronto, preciso de mais tempo’. Mas então, naquele momento, simplesmente fez muito mais sentido. Pilotar o carro parece divertido novamente, e mesmo qualificando em 14º ou algo assim, ainda estou me divertindo”, disse ele.

“Eu realmente queria pensar que, com um pouco de perspectiva do tempo livre, não é como se meu prazer no esporte não devesse ser baseado em resultados, mas não precisa ser apenas vencer sempre”, finalizou o australiano.



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