F1: Problema na asa dianteira atrapalhou Hamilton no Japão

O GP do Japão de Fórmula 1, trouxe mais um final de semana complicado para a Mercedes, e principalmente para Lewis Hamilton. Agora, a equipe revelou um problema no carro do piloto que afetou seu desempenho na corrida.

Hamilton terminou a prova em uma discreta nona colocação, mas a Mercedes confirmou que ele estava lidando com um dano na asa dianteira, o que causou um excessivo subesterço no carro.

Desde a sessão de classificação, onde ficou em sétimo, à frente de Charles Leclerc e George Russell, a corrida de Hamilton foi para ser esquecida. O piloto perdeu posição para o companheiro de equipe no meio da prova e não conseguiu se beneficiar de uma estratégia agressiva de pneus.

No entanto, a Mercedes revelou que um dos fatores que contribuiu para o fraco desempenho do britânico, foi o dano em uma das placas de ponta da asa dianteira. Andrew Shovlin, diretor de engenharia de pista da equipe, confirmou o problema.

“Isso custou um pouco de performance”, disse Shovlin. “Mais do que a perda absoluta de downforce, tornou o carro um pouco mais subesterçador em um stint onde provavelmente já estávamos um pouco nesse lado.”

O domingo foi mais quente do que o esperado, obrigando as equipes a se adaptarem à mudança climática antes do início da corrida.

“A pista estava quente, então no grid tiramos um pouco de asa para isso. Mas essa perda adicional causou problemas para Lewis, que ficou limitado pela dianteira durante o primeiro stint”, destacou Shovlin.

Já a bandeira vermelha logo na primeira volta, devido ao acidente entre Daniel Ricciardo e Alex Albon, permitiu um reajuste na estratégia. Os comentários de Shovlin sugerem que a escolha da equipe durante a interrupção, foi mais crítica para o ritmo inicial de Hamilton do que o problema na asa dianteira.

A Mercedes optou por uma parada única com dois sets de pneus duros para Hamilton e Russell. No entanto, essa estratégia diferenciada não funcionou, e ambos os pilotos precisaram parar novamente para pneus médios na fase final da corrida.

“No pit stop não trocamos a asa, mas pudemos colocar algum ângulo de flap de volta. Isso permitiu colocar um pouco mais de carga e deixou o carro em uma situação bem melhor, então como eu disse, em termos de números absolutos, não foi muita perda de tempo no geral, mas certamente contribuiu para os problemas que tivemos durante o primeiro stint”, finalizou Shovlin.