F1: Pirelli vai ter que “começar do zero” em Xangai

A Pirelli vai encarar um grande desafio no GP da China de Fórmula 1 no próximo final de semana. Pela primeira vez desde 2019, a categoria volta a correr em Xangai, e com uma novidade: os pneus de 18 polegadas da atual geração.

Devido ao período de ausência da categoria no país por conta da pandemia de Covid, o circuito chinês é praticamente uma incógnita para os times e a própria Pirelli. Com pouca atividade recente, a expectativa é de alta evolução do asfalto.

Soma-se a isso a incerteza sobre a condição da pista, o que motivou a Pirelli a selecionar compostos intermediários para o GP. As equipes terão à disposição os pneus C4, C3 e C2, e apenas 12 sets por piloto, já que a corrida contará com o formato Sprint pela primeira vez nesta temporada.

Curiosamente, a gama de pneus escolhida é a mesma de 2019, quando ainda eram utilizados os compostos de 13 polegadas. Será um fim de semana de descobertas para todos os envolvidos.

Outro fator que agrega complexidade é a variação de temperatura. “Em abril, Xangai pode registrar mudanças bruscas de temperatura, em torno de 10°C”, alerta a Pirelli. “Isso adiciona mais uma variável ao quebra-cabeça que equipes e pilotos precisam montar.”

Historicamente, o GP da China costuma ser uma corrida de duas paradas. As oportunidades de ultrapassagem, como na freada para a curva 14 e na reta principal, favorecem essa estratégia. Assim como em Suzuka, o undercut (ultrapassagem nos boxes) também costuma ser bastante efetivo em Xangai.

A Pirelli terá um papel importante no sucesso das equipes neste fim de semana. A escolha certa dos compostos e a adaptação às características da pista serão fundamentais para uma boa performance dos carros.



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