F1: Norris fala sobre seus problemas com carro da McLaren

Lando Norris vem demonstrando insatisfação com o desempenho da McLaren nas sessões de classificação. Apesar de alguns bons resultados recentes, como o quarto lugar no grid no GP da Austrália, e a terceira posição no grid de largada no Japão, o piloto britânico sente que não consegue extrair o máximo do carro nesses momentos cruciais.

“Talvez a classificação seja a hora em que eu encontro mais dificuldade para tirar tudo do carro”, afirmou Norris em entrevista ao RacingNews365, no final de semana do GP do Japão de Fórmula 1.

Norris atribui essa dificuldade a uma combinação de fatores: “De certa forma, como eu disse na semana passada, luto para tirar tudo do carro na sessão de classificação, um pouco comigo mesmo, e também com a forma como somos como equipe.”

Questionado sobre a causa das dificuldades, o piloto apontou para a compreensão do carro e o fato de que as coisas estão sempre mudando. “Sim, é um McLaren e há certos aspectos que levam tempo para serem dominados. Mas tudo o mais ainda está mudando em torno disso, ajustando lentamente a aerodinâmica ao longo dos anos, e outras coisas, para se adaptar bastante a essas características”, disse ele.

Norris acredita que parte de seus problemas está relacionada com a incapacidade de pilotar o carro da era do efeito solo da forma agressiva que gostaria. “Nas sessões de classificação, sempre quis forçar um pouco mais em certas áreas e atacar. Mas tenho que fazer o oposto disso. É difícil de entender, porque eu quero sair e encontrar outro nível na classificação, e você não pode fazer isso com esses pneus e com o nosso carro.”

Para Norris, a necessidade de pilotar o carro dentro de seus limites, como defende o chefe de equipe, Andrea Stella, é algo complicado e difícil.

“Eu não posso nem pilotar a 100%”, afirmou Norris. “100% funciona em uma volta a cada dez. Então, quando você quer entrar no Q3 e dar sua melhor volta, pode ser que nessa volta você tenha que pilotar a 98% ou algo assim. É uma coisa complicada e difícil estar no limite.”

O piloto de 24 anos reconhece que não se adaptou rápido o suficiente às exigências dos carros com efeito solo, e que o conforto que sentia com os regulamentos anteriores acaba o prejudicando agora.

“Estar acostumado com os carros de alguns anos atrás está me punindo agora, não estou me adaptando rápido o suficiente”, disse Norris. “Com os regulamentos antigos era mais fácil para pilotar e encontrar o limite. Este carro novo e esses pneus já têm três anos, mas ainda os mesmos problemas.”

Apesar dos desafios, Norris reconhece sua responsabilidade: “Isso é algo que depende de mim. É meu trabalho me adaptar e fazer um trabalho melhor, apenas com a forma como nosso carro é e como temos que pilotá-lo. Sempre foi dito, e continua sendo, um carro bastante complicado de pilotar, e fazer uma volta de classificação perfeita todas as vezes, não é uma tarefa fácil”, encerrou o piloto britânico.