O piloto da McLaren, Lando Norris, afirmou que o atual tamanho do calendário da Fórmula 1 não é saudável e nem sustentável para as equipes.
A temporada de 2024 é a mais longa da história da categoria, com 24 etapas, além de seis finais de semana com corridas Sprint. O ano que vem seguirá o mesmo padrão.
Norris, durante entrevista coletiva após o GP da China, disse que adicionar mais corridas Sprint a um calendário já apertado não é sustentável a longo prazo. Existem tratativas para serem doze corridas Sprint no futuro, ao invés das atuais seis.
O britânico argumentou que as principais vítimas desses cronogramas lotados são as centenas de mecânicos e membros das equipes, que precisam lidar com pouco tempo de descanso ao longo da temporada.
“Sempre preferi o formato original de corrida”, disse Norris sobre os finais de semana com Sprint. “É o que eu cresci assistindo, é o que sempre gostei mais. Eu gosto de entrar na pista e sentir a pressão na hora. Então, o fato de ter apenas um treino livre e irmos direto para uma sessão de classificação (Sprint), eu gosto disso. Acho que dá menos chance para as equipes deixarem o carro perfeito, e assim vemos uma briga mais aberta na pista, em vez de sempre o mesmo time na frente. Então, nesse ponto funciona bem.”
“Mas o principal problema é o impacto que isso tem nos mecânicos e engenheiros. Acho que para nós pilotos não é tão ruim, honestamente. Não podemos ser os únicos a reclamar. São as centenas de mecânicos e engenheiros que temos aqui que precisam viajar tanto. Não é saudável para eles. Não é sustentável”, acrescentou.
“O problema não está conosco, então não é algo que vocês (imprensa) deveriam nos perguntar. É algo que as pessoas deveriam se preocupar mais com o resto das equipes. Acho que esse é o fator limitante, não o fato de não podermos entrar no carro todos os dias, porque eu acho que podemos, mas não podemos exigir demais deles, essa é a prioridade”, concluiu Norris.