F1: Mercedes admite problemas de correlação entre fábrica e pista

James Allison, diretor técnico da Mercedes, confirmou que a equipe enfrenta problemas de correlação entre os dados obtidos na fábrica e o comportamento real do carro na pista.

Falando em um vídeo da Mercedes, Allison explicou a situação: “Simplificando, existem problemas de correlação. É algo que todas as equipes de Fórmula 1 enfrentam todo ano. A fábrica trabalha com modelos simplificados da realidade, que não são a mesma coisa que pilotar um carro em uma pista real, com asfalto e todas as suas complexidades.”

“Temos modelos simplificados aqui na fábrica, e eles são poderosos para nos direcionar em determinado caminho. Porém, todos possuem limitações e imprecisões. De modo geral, as ferramentas de simulação que utilizamos são ótimas para nos manter no caminho certo e nos ajudar a buscar tempos de volta mais rápidos. Mas o diabo está nos detalhes.”

“Precisamos melhorar a correlação entre alta e baixa velocidade. Há diferença entre o que vemos na pista e o que vemos no mundo virtual. Se conseguirmos aproximar esses resultados, poderemos fazer projeções mais precisas e atacar as limitações do carro”, acrescentou Allison.

Para a Mercedes, o GP da Austrália é para ser esquecido. Lewis Hamilton não passou para o Q3 na sessão de classificação, e abandonou a corrida com problemas no motor. George Russell tentava pontuar com a sétima colocação, mas se acidentou após a polêmica manobra com Fernando Alonso na última volta.

O péssimo resultado deixou a Mercedes na quarta colocação do campeonato de construtores. A equipe está atrás da McLaren, cliente de motores da Mercedes, e lidera por apenas um ponto a Aston Martin, outra cliente, após três etapas realizadas em 2024.