Sergio Perez não poupou críticas a Kevin Magnussen após o toque na volta inicial do GP de Mônaco de Fórmula 1, que destruiu o Red Bull do mexicano.
Logo após a largada, subindo a colina pela primeira vez, Magnussen tentou se posicionar ao lado de Perez, mas acabou encurralado contra o muro, levando o mexicano junto para a barreira de proteção. O forte impacto provocou a bandeira vermelha e 45 minutos de interrupção para reparos e limpeza da pista.
Apesar de Magnussen estar perto do limite de pontuação para receber uma punição mais severa (ele tem dez pontos na superlicença e com doze será suspenso de uma corrida), os comissários da prova optaram por não investigar o incidente. Perez, no entanto, discorda dessa decisão.
“Estou um pouco abalado, foi um impacto bem forte”, disse Perez. “Se você ver minha câmera onboard, em nenhum momento o carro do Kevin chega perto de estar ao meu lado. Só dá para ver o muro cada vez mais perto. Não havia espaço para os dois carros, e em algum momento ele tinha que perceber isso. Já estive nessa situação muitas vezes, e quando você é o carro atrás, precisa saber a hora de recuar antes que as coisas fiquem perigosas.”
Perez prosseguiu com as críticas ao piloto da Haas: “Ele claramente não deveria estar ali em primeiro lugar, porque só tem uma saída: bater no muro ou no meu pneu. Como eu deveria dar espaço se ele nem estava ao meu lado? Há um ponto em que você vê o muro e simplesmente precisa recuar. Já aconteceu comigo várias vezes e há um ponto em que você precisa recuar.”
Magnussen, por sua vez, alega que foi pressionado por Perez e que o contato era inevitável. No entanto, Perez acredita que esse tipo de manobra é um padrão no comportamento do piloto da Haas.
“Estou muito surpreso por não haver uma investigação, porque a quantidade de danos, mostra o quão perigoso foi o toque. Não acho que ele realmente pense nas consequências. Às vezes você se encontra em uma posição e precisa tomar uma decisão rápida para recuar, mas ele prefere o contato”, finalizou Perez.
O F1MANIA.NET acompanha ‘in loco’ todas as atividades do GP de Mônaco com o jornalista Rodrigo França.