F1: Hakkinen diz que Russell enfrenta tarefa difícil na Mercedes

Após dois anos bem abaixo das expectativas, com apenas uma vitória (de George Russell no GP de São Paulo em 2022), a Mercedes encara uma temporada crucial na Fórmula 1 em 2024. Com o novíssimo W15, a equipe de Toto Wolff almeja enfim retomar a briga pelo topo, mas o ex-piloto e bicampeão de F1, Mika Hakkinen, enxerga falta de confiança dentro do time.

Hakkinen afirmou ao jornal alemão Bild: “A Mercedes está em uma encruzilhada. Existem mais pontos de interrogação em torno da equipe do que nunca. O finlandês, porém, acredita que os recentes tropeços podem servir de combustível. “É preciso reacender aquela vontade incondicional de vencer. A equipe precisa se tornar uma unidade novamente, recuperar aquela confiança cega. Isso está faltando no momento.”

O ex-piloto de 55 anos aponta uma clara divisão de papéis. “Apesar de George (Russell) entrar em sua terceira temporada como piloto da Mercedes, fica claro que é o time de Lewis (Hamilton). Ele está lá desde 2013 e trabalha com muitos dos engenheiros e mecânicos há anos. Leva menos de dez minutos de análise para explicar o problema. Na Fórmula 1, pequenas coisas como essa, no final das contas, determinam se você está na pole position ou não.”

Russell pode ter superado Hamilton na classificação final em sua primeira temporada na Mercedes, mas os papéis se inverteram em 2023. “Na última temporada, Hamilton terminou em terceiro e Russell em oitavo, o que não me surpreendeu”, disse Hakkinen.

“Por um lado, Lewis queria provar seu valor, já que se falava do fim de sua carreira, e por outro, George estava e está sob uma enorme pressão. Quando você é companheiro de equipe de um heptacampeão, todos os olhos estão automaticamente em você. Não importa se você termina no pódio se o seu companheiro de equipe venceu. Isso se aplica a todas as equipes, mas George está correndo contra um grande recordista”, concluiu Hakkinen.

A análise de Hakkinen levanta um tema recorrente na Mercedes, que é a dinâmica entre Hamilton e Russell e a pressão enfrentada pelo novato diante do legado do heptacampeão. Será que esse fator interno pode interferir na tentativa da equipe voltar a disputar o título? Só o tempo dará essa resposta.



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