F1: FIA responde à rejeição da Andretti e deixa porta aberta para 2028

Após aprovação da FIA, FOM rejeita entrada para 2025, desencadeando debates sobre expansão do grid da F1

A FIA emitiu uma declaração em resposta ao anúncio oficial da Formula One Management (FOM) de rejeitar a proposta de entrada da Andretti como a décima primeira equipe da Fórmula 1 para a temporada de 2025.

A FOM anunciou na quarta-feira que havia concluído que a oferta da Andretti não era viável para 2025, citando a falta de competitividade, fornecimento de motor de fábrica e valor para a série, entre outros fatores, como razões para barrar a entrada, ao mesmo tempo em que deixou a porta aberta para uma possível entrada em 2028, uma vez que um acordo de motor de fábrica com a Cadillac pudesse ser finalizado.

O acordo em termos comerciais com a FOM era o próximo obstáculo que a Andretti tinha que superar para ganhar entrada na série, após a FIA ter aprovado sua candidatura em outubro do ano passado.

“A FIA observa o anúncio da Formula One Management em relação ao processo de Expressões de Interesse das equipes do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA,” leu-se no comunicado do órgão governamental do automobilismo.

“Estamos engajando em diálogo para determinar os próximos passos.”

A FIA abriu o processo de licitação para potenciais novas equipes de F1 em fevereiro de 2023 – com a Andretti se tornando a única parte bem-sucedida a passar pelo crivo.

A Andretti vinha pressionando por uma entrada na F1 antes do processo de licitação e até viu tentativas fracassadas de comprar uma participação majoritária na equipe Sauber.

Críticos contra a proposta de entrada questionaram qual seria o valor da Andretti por si só, e a equipe americana respondeu anunciando a Cadillac como parceira no projeto.

Apesar disso, a multidão vocal contra a entrada da Andretti permaneceu firme, apesar da defesa do presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, que disse no início de 2023 que o envolvimento potencial da Andretti Cadillac “seria importante para a Fórmula 1”.

A expansão do grid da F1 tem sido um tópico de intenso debate dentro do paddock, com a grande maioria das equipes argumentando que não valeria a pena arriscar financeiramente ao dividir os fundos de premiação em 11 maneiras, em vez de 10, e a FIA continuou a expressar seu apoio para expandir o grid.

Pouco depois da oferta da Andretti ser aceita pela FIA, Ben Sulayem disse que os circuitos deveriam ter espaço para até uma dúzia de equipes e a F1 deveria ter menos corridas e mais equipes.

Ben Sulayem também observou que havia potencial para a Andretti correr na F1 sem um acordo comercial em seus comentários à Reuters em outubro passado.

A saga da Andretti é apenas uma faceta da luta pelo poder entre a FIA e a FOM que está se acirrando em meio à discussão do próximo acordo Concorde da F1.

“Não somos um provedor de serviços. Nós possuímos o campeonato. Nós o alugamos, somos o senhorio. Isso também tem que ser respeitado,” acrescentou Ben Sulayem à Reuters.

Como a FIA engaja em seu “diálogo para determinar os próximos passos” para a Andretti será um assunto de extremo interesse para todas as partes envolvidas.