F1: FIA rejeita protesto da Aston Martin contra Sainz

A FIA divulgou sua decisão sobre o protesto da Aston Martin contra a participação de Carlos Sainz da Ferrari no Q3 do GP da China de Fórmula 1. A equipe questionava a continuidade do piloto na sessão após ele passar por um incidente e provocar a bandeira vermelha.

Sainz perdeu o controle da Ferrari na última curva do circuito de Xangai durante o Q2. O carro do espanhol deslizou pela pista, atingiu a barreira de proteção e parou, forçando a interrupção da sessão. Apesar disso, Sainz conseguiu religar o carro e retornar aos boxes, onde a Ferrari efetuou os reparos necessários. Com o tempo obtido após o incidente, ele garantiu a sétima colocação no Q3, eliminando Lance Stroll (Aston Martin) da disputa final.

A Aston Martin baseou seu protesto no Artigo 39.6 do Regulamento Esportivo da F1, que determina que ‘qualquer piloto cujo carro pare na pista durante a sessão de classificação… não terá permissão para continuar participando daquela sessão’. A equipe considerou que a parada de Sainz na pista configurava uma infração dessa regra.

No entanto, a FIA considerou que não havia evidências suficientes para acolher o recurso. O documento divulgado pelos comissários reconhece a ambiguidade do Artigo 39.6, mas destaca o costume existente na categoria: “Essa não era a forma como a regra era aplicada pelas equipes e pela FIA no passado.”

Segundo o documento, o ponto crucial é que o carro não receba assistência externa para retornar à pista. A Aston Martin reconheceu precedentes de pilotos que pararam e seguiram na sessão, mas considerava que a paralisação de Sainz por 1 minuto e 17 segundos era excessiva.

Os comissários da FIA concluíram que, ‘considerando os diversos exemplos de carros que pararam por diferentes períodos e tiveram permissão para continuar, a decisão da direção de prova não foi inconsistente com a prática anterior nem violou o Artigo 39.6’.

Uma regra que proíbe a continuidade na sessão de um carro que cause bandeira vermelha, está em fase de testes na F2 e na F3. Contudo, este nunca havia sido o entendimento para casos semelhantes na Fórmula 1 até o momento.