F1: Ferrari não depende dos pilotos para atrair funcionários, segundo Vasseur

O chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, afirmou que a Scuderia não depende apenas de pilotos para atrair engenheiros, mesmo com a chegada muito aguardada de Lewis Hamilton para a temporada 2025 da Fórmula 1.

No início deste mês, a Ferrari anunciou a contratação de Hamilton, que deixará a Mercedes no final deste ano para se juntar à equipe italiana a partir da próxima temporada, substituindo o espanhol Carlos Sainz.

Algumas pessoas especularam que a chegada do piloto mais bem-sucedido da F1, poderia incentivar mais profissionais a se mudarem para Maranello. Antes de contratar Hamilton, a Ferrari já havia sido bem-sucedida em atrair uma peça fundamental do sucesso anterior da Mercedes, o diretor de performance, Loic Serra.

Vasseur tem buscado reforçar a divisão técnica da equipe italiana, desde que foi nomeado como chefe do time no final de 2022, e a presença de Hamilton poderia inspirar ainda mais contratações.

No entanto, Vasseur acredita que o apelo de representar a equipe mais renomada da F1, já é um incentivo suficiente para fazer parte do projeto de revitalização da Ferrari. “A formação da dupla de pilotos certamente é parte da equação. Mas também a equipe, a Scuderia e a marca icônica fazem parte disso”, respondeu ele quando questionado sobre o atrativo dos pilotos.

“Estamos construindo algo. E a questão dos pilotos é uma questão de recrutamento para o projeto, isso não pode ser negado, mas com certeza é um projeto de médio e longo prazo, para termos estruturas baseadas em pilotos. Acho que a Ferrari também é muito atraente por si só”, acrescentou.

A mídia italiana tem noticiado que Hamilton está interessado em levar consigo seu engenheiro de longa data, Peter Bonnington, conhecido como ‘Bono’, para a Ferrari em 2025.

É comum na F1 que pilotos que mudam de equipe queiram ter rostos familiares na nova estrutura para ajudá-los a se adaptarem ao novo ambiente. A Ferrari permitiu isso quando Michael Schumacher chegou vindo da Benetton em 1996, e o diretor técnico Ross Brawn, e o chefe de design Rory Byrne, também o acompanharam.

Esse trio, junto com Jean Todt, formou uma operação imparável que dominou a F1 entre 1999 e 2004, conquistando seis títulos de construtores e cinco de pilotos. Especula-se que a Ferrari esteja evitando repetir o erro que ocorreu quando Sebastian Vettel chegou da Red Bull em 2015 sem trazer sua equipe técnica.

No entanto, foi divulgado que o contrato atual de Hamilton com a Mercedes inclui uma cláusula de não aliciamento, o que o impediria de levar pessoas para a Ferrari. Embora isso proteja a Mercedes de um êxodo em massa, não impede que indivíduos optem por deixar a equipe, e posteriormente, aceitarem uma mudança para uma equipe rival.