O favoritismo de Max Verstappen dentro da Red Bull voltou a ser tema de debate. O ex-piloto de Fórmula 1, Johnny Herbert, em entrevista ao site Megadice.com, comparou a situação do holandês com a de Michael Schumacher na Benetton nos anos 90.
Herbert, que foi companheiro de Schumacher na Benetton em 1994 e 1995, afirma que o alemão recebia tratamento preferencial na equipe, mesmo sendo oficialmente companheiros de time. “Michael sempre teve favoritismo em relação a mim, mesmo sendo um time. É difícil performar quando você sente isso, como Sergio Perez deve saber”, afirmou o britânico.
Schumacher conquistou os títulos de 1994 e 1995, enquanto Herbert não conseguiu ir além de duas vitórias durante a parceria na Benetton. Segundo Herbert, as promessas de igualdade de acesso a informações e colaboração não se traduziam na prática: “Em todas as minhas negociações com a Benetton, Flavio Briatore me disse que Michael Schumacher e eu éramos um time, que trabalhávamos juntos e que todos tinham acesso às mesmas informações. Nunca funcionou dessa forma porque tende a haver favoritismo em relação ao cara que entrega mais resultados.”
O ex-piloto acredita que o sentimento de desvantagem afeta os pilotos que lidam com esse favoritismo: “Quando isso está lá, você sente, e quando sente, é uma coisa difícil de afastar. Por mais que Sergio diga que ignora, isso o afeta. Sergio tem que se colocar em um casulo e entregar tudo a cada vez que vai para a pista, mesmo com o desgaste que vem da imprensa, e ocasionalmente, de dentro da própria equipe”, concluiu.
A comparação de Herbert entre a Red Bull de Verstappen e a Benetton de Schumacher, reacende a discussão sobre o equilíbrio de forças dentro de equipes com pilotos de diferentes níveis de performance. De qualquer maneira, não parece muito provável que Perez irá conseguir superar o favoritismo do holandês dentro da Red Bull, principalmente diante dos resultados apresentados por Verstappen nos últimos três anos.