Um ex-engenheiro da Ferrari acredita que a possível saída de Adrian Newey da Red Bull Racing, possa causar um efeito dominó, levando outros funcionários a questionarem o próprio futuro na equipe.
Newey, peça-chave da Red Bull nos últimos 18 anos na Fórmula 1, estaria avaliando sua permanência na equipe. Apesar de ter contrato até 2025, rumores apontam para uma possível saída no final deste ano. A Red Bull nega qualquer negociação com outra equipe.
Embora a saída de Newey ainda não seja oficial, o tema já gera muitas discussões. Ernest Knoors, que trabalhou na Ferrari durante a era de Michael Schumacher, usou sua experiência para explicar o impacto que a saída de um líder pode causar.
“Passei por isso na Ferrari”, disse Knoors ao RacingNews365. “A era Michael Schumacher chegou ao fim, e Ross Brawn também saiu. Quando uma figura tão importante decide partir, é natural se perguntar: para onde isso está indo?”
Mesmo que a Red Bull enfatize o trabalho em equipe e o papel de outros engenheiros, como Pierre Waché, Newey ainda é o chefe de tecnologia e detém grande poder de decisão.
Knoors acredita que a saída de Newey, mesmo que outros estejam em ascensão, criaria instabilidade na equipe. O grande desafio para Christian Horner seria manter talentos suficientes para o futuro da Red Bull.
“Se Waché tem mais influência, isso não importa muito”, disse Knoors. “Quando um líder e um gênio como Newey deixa uma equipe, gera dúvidas nos subordinados. Isso cria incerteza na organização.”
“Engenheiros e mecânicos ficam mais abertos a propostas de outras equipes. Isso acontece com times que dominam por muito tempo. Em algum momento, as pessoas começam a olhar em volta, principalmente aqueles que não estão no topo. Será que existem oportunidades? Há vagas em outras equipes onde eu possa crescer?”, acrescentou.
“Isso é um grande risco para a Red Bull: a estabilidade da equipe. O que mais vai acontecer? Quem mais vai sair? Vai ocorrer um ‘êxodo’? Horner, como líder do time, precisa garantir que a equipe mantenha seus talentos e mentes brilhantes. Será que ele é, neste momento, o líder indiscutível e impecável para fazer isso? Isso pode ser bastante questionado nesse momento”, finalizou Knnors.