Bernie Ecclestone, ex-proprietário da Fórmula 1, é conhecido por fazer comentários polêmicos, e dessa vez não foi diferente. Ao analisar a situação de Christian Horner, chefe da Red Bull, Ecclestone fez uma comparação absurda e ofensiva.
Horner passou por semanas de tensão após uma investigação interna da Red Bull, motivada por uma acusação de uma funcionária sobre comportamento inadequado do chefe da equipe. Apesar de inocentado nessa investigação interna, o clima dentro da equipe ficou abalado. Para Ecclestone, a situação se assemelha a como a Alemanha foi tratada após a Segunda Guerra Mundial.
Após Horner superar os problemas pessoais e profissionais causados pela acusação e consequente investigação, Ecclestone afirmou ao jornal britânico Daily Mail, que a paz agora reina na Red Bull.
“Está tudo em paz. Christian me disse que está tudo ótimo com Geri (esposa de Horner e ex-cantora no grupo Spice Girls)”, afirmou Ecclestone.
No entanto, para tentar explicar a suposta paz conquistada, o ex-proprietários da F1 cometeu um erro grave. Ecclestone comparou a calmaria após a crise na Red Bull, ao sentimento na Europa pós-Segunda Guerra Mundial, quando cerca de seis milhões de judeus europeus foram assassinados.
“Max (Verstappen) deve ficar, e é como todas as guerras. As pessoas superam as coisas e seguem em frente”, disse Ecclestone, segundo Jonathan McEvoy, do Daily Mail.
“Depois da Segunda Guerra Mundial, não se podia mencionar a Alemanha, e os judeus não compravam nada de lá. Era compreensível. Mas depois de um tempo, todo mundo esquece e está comprando Mercedes”, continuou Ecclestone, tentando ilustrar seu ponto de vista de forma muito inadequada.
Os comentários de Ecclestone geraram indignação. É importante lembrar que o Holocausto foi um genocídio sem precedentes na história, e tentar compará-lo a uma crise interna em uma equipe de Fórmula 1, é desrespeitoso com a memória das vítimas e também dos sobreviventes.
Esta não é a primeira vez que Ecclestone faz comentários controversos envolvendo o nazismo. No passado, ele já se referiu à Adolf Hitler como alguém capaz de ‘fazer as coisas acontecerem’.