F1: Dirigente espanhol critica punição de Alonso na Austrália

Um dirigente de alto escalão do automobilismo espanhol, criticou duramente a polêmica punição aplicada a Fernando Alonso no GP da Austrália de Fórmula 1.

Após a manobra de Alonso que resultou em um acidente para George Russell, a os comissários de corrida da FIA penalizaram o espanhol, gerando muita discussão. Alguns consideram a infração como uma ‘freada brusca’ (brake test), manobra perigosa e proibida na F1.

Já outros discordam da decisão dos comissários da FIA, que tinha entre eles em Melbourne, o ex-piloto de F1 Johnny Herbert, que já teve desentendimentos anteriores com Alonso.

“O fato de Johnny Herbert ter sido decisivo em algo que prejudica Alonso é questionável para mim”, disse Joaquin Verdegay, vice-presidente da Federação Espanhola de Automobilismo (RFEdA), ao Soy Motor. “É sabido que a relação pessoal deles não é boa.”

Em uma atitude incomum, o chefe da equipe Aston Martin, Mike Krack, divulgou um comunicado oficial na terça-feira, declarando que a punição de Alonso ‘é difícil de aceitar, já que não houve nenhum contato com o carro atrás’.

Verdegay vai além e alega que ‘incidentes aparentemente idênticos na Fórmula 1 muitas vezes recebem penalidades injustamente diferentes’.

“Ou uma penalidade é branda demais ou outra é excessivamente severa, porque o mesmo evento, logicamente, deveria ser punido com a mesma penalidade”, afirmou ele. “Pessoalmente, não gosto da sanção imposta a Fernando. Parece injusta e desproporcional. Fico pensando qual é o limite. Perder 1% de velocidade é aceitável, mas 2% é exagero?”

Verdegay, que também já atuou como comissário de corrida na F1, afirma ter testemunhado a ‘pior freada brusca já cometida na categoria’, envolvendo Ralf Schumacher e Jacques Villeneuve em Melbourne em 2001.

“Terminou da pior maneira possível, com a morte de um fiscal de pista que foi atinigido fortemente por um pneu. Uma freada brusca pode causar mortes, e o que aconteceu com Alonso não foi uma freada brusca”, finalizou Verdegay.