A Mercedes encara uma missão gigantesca em 2024. Voltar a brigar por vitórias na Fórmula 1. Para isso, precisa superar a quase intocável Red Bull. Contudo, James Allison, diretor técnico que acabou de renovar seu contrato com a equipe alemã, acredita que Lewis Hamilton e George Russell podem sim derrotar os pilotos da rival no próximo ano.
Em 2023, a Red Bull venceu todos os GPs da temporada, exceto Singapura, que foi vencido por Carlos Sainz da Ferrari. A Mercedes, por outro lado, não conquistou nenhuma vitória e precisou reformular todo o carro W14 durante o ano, para garantir a segunda posição final no campeonato de construtores.
Falando ao Racer.com, Allison reconhece que a Mercedes é a desafiadora, não a favorita. Ao mesmo tempo, ele ressalta o trabalho para corrigir as falhas do W14 e revela esperar uma aproximação das equipes no grid, inclusive das rivais diretas.
“Todas as equipes estavam a cerca de um segundo de distância no Q1 em 2023. Isso não é coincidência. É uma tendência que começou em 2022, continuou em 2023, e eu acho, se confirmará em 2024, porque os ganhos estão ficando cada vez menores. Portanto, além de nós, espero que tenhamos feito um bom trabalho, meu palpite é que a disputa pelo topo do grid estará bem mais acirrada dessa vez.”
Em um tom surpreendente, Allison confessa que a nova perspectiva, de perseguir a Red Bull, tem o seu lado positivo. Mesmo preferindo o sabor da vitória, ele admira a jornada dos atuais campeões.
“Uma das coisas que admiro no desempenho atual da Red Bull, é que eles persistiram em seu caminho durante um longo período de dificuldades e agora estão colhendo os frutos desse trabalho bem feito. E não é nada desagradável estar nessa posição, desde que a equipe esteja coletivamente confiante de que está fazendo os movimentos certos para se restabelecer como uma força a ser reconhecida”, concluiu Allison.
A temporada 2024 da F1 promete ser emocionante, com a Mercedes buscando recuperar o trono e outras equipes como Ferrari e McLaren, também dispostas a desafiar o domínio da Red Bull. O grid mais equilibrado que Allison prevê, se concretizado, proporcionará corridas ainda mais disputadas e imprevisíveis.