Com a renovação do contrato de Fernando Alonso, a atenção na Aston Martin se volta para Lance Stroll. Filho do dono da equipe, ele tem sua vaga garantida por causa dos negócios da família, mas seu desempenho precisa melhorar.
Pedro de la Rosa, ex-piloto de Fórmula 1 e embaixador da Aston Martin, saiu em defesa de Stroll no podcast F1 Nation. Mesmo com pilotos renomados como Carlos Sainz disponíveis no mercado, De la Rosa acredita que Stroll deve continuar na equipe.
A grande questão é se Stroll quer permanecer na Fórmula 1. Desde 2017, ele só superou seu companheiro de equipe em uma temporada. Nomes como Felipe Massa, Sergio Perez, Sebastian Vettel e agora Alonso, o superaram com certa facilidade em sessões de classificação e nas corridas.
Mesmo assim, De la Rosa vê potencial em Stroll. Ele cita os bons desempenhos na Austrália e em Jeddah como exemplos e acredita que a permanência de Alonso na equipe é um bom sinal para o futuro.
“Por que Lance não deveria continuar? Existem muitas razões para ele ficar na equipe com todos os projetos em andamento, e esse é o motivo pelo qual Fernando decidiu ficar”, disse De la Rosa. “Ele teve duas corridas incríveis em Jeddah e na Austrália. Em alguns momentos, ele foi mais rápido do que Fernando.”
De la Rosa acredita que a estrutura que a Aston Martin está montando, com novo túnel de vento e a chegada de novos profissionais, é um ponto positivo para Stroll.
No entanto, a inconsistência do piloto canadense gera questionamentos. O abandono na Arábia Saudita, o 12º lugar no Japão após uma eliminação precoce no Q1, e o aparente desânimo após a referida sessão de classificação, mostram que há problemas além dos resultados ruins.
Jornalistas como Joe Saward questionam a ‘fome’ de Stroll, enquanto Will Buxton o aponta como o piloto que mais odeia ser entrevistado. Essa insatisfação pode estar afetando seu desempenho.
Enquanto a Aston Martin acredita na continuidade, Stroll precisa mostrar mais empenho e fome de vitória para silenciar as críticas e provar que merece sua vaga no grid, independentemente de ser filho do dono da equipe.